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Análise: Tengami

Das mãos do estúdio indie Nyamyam, chega Tengami. Será lançado para o PC e Mac no dia 15 de Janeiro de 2015, mas já se encontra disponível para iOS e para a Wii U (versão analisada) através da eShop. Neste título vamos fazer uma viagem ao Japão de outrora que promete ser inesquecível. Será que assim é? Sem mais demoras, acompanhem-nos nesta simpática viagem, vão ver que não se vão arrepender. Vamos então analisar Tengami! 

Ou esta não fosse realmente uma história, Tengami transporta-nos para um mundo que mais se parece com um livro tridimensional. Uma enorme cerejeira vê-se desprovida de todo o seu vigor e beleza. Com o poder dos nossos dedos, cabe-nos a nós guiar o nosso anónimo herói, ou simples viajante se preferirem, que partiu à procura de uma forma de a ajudar. Com o dobrar e desdobrar dos cenários (e de partes deles), como se de um autêntico livro se tratasse, à sua espera encontra-se todo um mundo repleto de cenários vibrantes e bem coloridos. Bosques, montanhas, templos, enfim… É fácil ficar em sintonia com a atmosfera de Tengami que tão bem nos transporta para um Japão onde reina a calma, a paz e a fantasia.

Em termos de jogabilidade, este título apresenta-se como o completo oposto à acção que habitualmente encontramos nos videojogos. Como tal, os nossos combates surgem na forma de puzzles que teremos de resolver para atravessar os vários cenários nos quais a nossa história se desenrola (ou desdobra neste caso). Caminhar com a nossa personagem é tão simples como tocar ou pressionar com o stylus no ecrã do Gamepad no sítio para onde nos queremos deslocar. Só é pena que ande sempre tão devagar, o que nos pode tirar a vontade de explorar todos os cenários, na expectativa de encontrar ou não algum segredo coleccionável.

Se estivermos bem atentos, os puzzles iniciais são bastante acessíveis. Só que à medida que progredimos os puzzles podem surgir das mais variadas formas e as suas soluções podem encontrar-se nos mais variados locais, como por exemplo nas dobras de algumas partes do cenário. Podem ainda surgir alguns onde vamos precisar de perder mais algum tempo se os quisermos resolver. Estes levam-nos à habitual frustração que este género pode oferecer, mas não se preocupem. Caso encontrem um daqueles puzzles mais teimosos, há sempre a opção que nos permite receber uma pista que nos ajudará a resolvê-lo. O pior… é quando a pista não é suficiente.

Tengami é um título tão simples que não há muito mais para falar. Resta-me só elogiar toda a banda sonora que tão bem acompanha a incrível arte que decora os cenários que vamos percorrer. David Wise fez um trabalho exemplar tornando Tengami numa experiência única. Resta-me também acrescentar que toda esta experiência é bastante curta. Depois de tanto caminhar e de tanto puzzle resolvido, é pena tudo ter culminado num final abrupto e pouco, ou nada, elaborado. De tal forma que acabou por deixar a sensação de saber a pouco.

Veredicto

Uma óptima experiência mas que no final deixa um sabor amargo. Tengami é sobretudo salvo pelo incrível trabalho artístico (o qual não me canso de elogiar) tanto a nível de desenho como a nível de banda sonora que tão facilmente nos remetem para o Japão de antigamente, mesmo que nunca o tenhamos conhecido ou vivido. Só é pena que não possa ser dito o mesmo no que diz respeito à história que na sua ausência, e no querer mostrar-se enigmática, ainda tem muito que aprender com títulos como, por exemplo, Journey.

  • ProdutoraNyamyam
  • EditoraNyamyam
  • Lançamento13 de Novembro 2014
  • PlataformasiOS, PC, Wii U
  • GéneroAventura, Puzzle
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Inevitáveis frustrações oferecidas pelo género
  • Final demasiado abrupto
  • Passada demasiado lenta por parte do nosso personagem pode tirar a vontade de explorar mais os cenários

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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