Análise: Super Stardust Ultra

Stardust é um jogo que teima em não desaparecer. Surgiu em 1993 para o Commodore Amiga e foi ganhando algumas adaptações e sequelas ao longo dos anos. Em 2007 teve a sua estreia em alta definição na PlayStation 3 e rapidamente se tornou num dos melhores e mais vendidos jogos da PSN. Com o surgimento da PS Vita, a produtora rapidamente adaptou o seu jogo, para a portátil da Sony, conferindo-lhe uma jogabilidade baseada nas capacidades da consola e mais uma vez, levou novamente o jogo à ribalta. Agora, chegou a vez de Super Stardust Ultra chegar à Playstation 4 nuns incríveis 1080p a 60fps por segundo. 

Este Stardust é o mesmo jogo que saiu em 2007 para a PlayStation 3, com o objectivo de destruir asteróides, como se não houvesse amanhã e todas as ondas de inimigos que teimam colidir com a nossa nave, como se se tratassem de kamikazes. Contudo, esta versão traz consigo imensas melhorias, com nove modos de jogo e gráficos melhorados.

Para os mais distraídos, Stardust é um twin-stick shooter. O que significa, que os dois analógicos são os principais controlos do jogo. O analógico esquerdo movimenta a nave e o direito dispara para o sentido que o estão a empurrar. Ao início são capazes de estranhar, andar às voltas num planeta a disparar contra tudo o que se mexe, parece um pouco sem sentido. Mas é aí mesmo que está a essência do jogo. O nível rapidamente começa a ficar frenético, cheio de inimigos e cores brilhantes provenientes de explosões e dos nossos tiros.

No frenesim da acção, temos três tipos de armas ao nosso dispor: Rock Splitter, como o nome indica é a arma ideal para destruir os asteróides; Gold Melter, que em tons de vermelho, e num género de lança-chamas, derrete o ouro sem piedade; Por fim, mas não menos importante, temos a Ice Crusher, capaz de partir icebergs flutuantes com disparos de cor azul super rápidos.
As munições, com todas as suas cores vibrantes, misturadas com as explosões e todas as partículas que surgem no ecrã proporcionam uma uma sensação semelhante a uma criança a assistir a fogo de artifício. É simplesmente gratificante, principalmente se tivermos em conta a resolução FullHD a 60fps.

Os modos de jogo passam pelo conhecido modo Arcade, onde o objectivo principal é ultrapassar todas as ondas de inimigos, incluindo o boss final, para desbloquear o planeta seguinte. Ao todo são cinco planetas, cada um mais difícil que o anterior.
O modo Planet permite regressar um planeta específico dos já desbloqueados para praticar ou aumentar a nossa pontuação e lutar por um lugar nos leaderboards mundiais. Já modo Blockade cria rochas por onde passamos, um pouco ao género do clássico Snake. Há também o Impact que é um modo onde se usa apenas o boost para derrotar os inimigos, para uma dificuldade acrescida.
Os restantes, têm nomes que se explicam por si: Endless, Survival, Bomber e Time Attack.
Mas ainda há um outro modo de jogo interessante, que tive de deixar para o fim: Interactive Streaming! Neste modo, transmitimos o nosso jogo ao vivo e os espectadores é que escolhem as decisões do jogo.

Importante também referir que existe modo multi-jogador, com vários modos competitivos e cooperativos até um máximo de quatro jogadores. Se o caos a jogar a solo é evidente, imaginem jogar com outros jogadores no mesmo espaço exíguo. Já para não falar no lag caso nos juntemos a um jogador com pior ligação.

Veredicto

Super Stardust Ultra é daqueles jogos fáceis de aprender, mas difíceis de dominar. A sua simplicidade, aliada a todo o frenesim da acção, só nos deixa com mais vontade de melhorar, tentativa após tentativa.
Apesar dos novos modos, este é exactamente o mesmo jogo que saiu em 2007, é um clássico que devem experimentar, mas se já jogaram antes, e melhor avançarem com precaução.