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Análise: Super Stardust Ultra VR

Super Stardust Ultra regressa com suporte para o PlayStation VR e com uma perspectiva totalmente nova que nos transporta directamente para o cockpit da sua poderosa nave. Prontos para salvar planetas mais uma vez?

Esta excelente série de jogos arcade já é uma tradição nas consolas PlayStation. Desde o seu lançamento na PS3, a produtora Housemarque já levou o seu conceito para a PSP, PS Vita e, mais recentemente, para a PS4 com grafismo melhorado. Agora, com a chegada do PlayStation VR, temos também um novo modo que transforma o jogo num autêntico shooter na primeira pessoa. Será que esta nova fase na vida deste título o enaltece? Ou, por outro lado, acusa o peso da sua idade e repetição a cada nova edição?

Se já possuíam a versão Super Stardust Ultra, que analisámos anteriormente, já terão uma noção do que vão receber neste título. É que temos em mãos a mesma versão lançada em 2015, com algumas alterações para jogarem com suporte na Realidade Virtual. A câmara está um pouco mais próxima da acção, para que seja possível olhar em volta dos planetas, mas a acção em si continua igualmente rápida e viciante.

O destaque nesta edição, é também uma novidade que pode atrair novos fãs. O novo modo Invasion, criado especialmente para a Realidade Virtual. Este modo coloca-nos literalmente no centro da acção. A perspectiva muda radicalmente do que conhecíamos na terceira pessoa e transforma o jogo num first person shooter, pela primeira vez, transportando-nos para o cockpit da nossa Star Fighter.

Esta mudança de perspectiva, porém, também uma mudança nas mecânicas de jogo. Os inimigos são familiares a qualquer veterano, mas agora conseguem atacar muito mais frequentemente de várias direcções e os tiros chegam de todos os quadrantes com mais frequência, obrigando-nos a mais manobras em todo o redor. Contudo, os mapas deste modo estão confinados a pequenos espaços em órbita e não é possível andar livremente pelo planeta.

Por outro lado, esta alteração limita a experiência de Super Stardust e, por conseguinte, também não ajuda muito no que se espera de um título VR. Como não conseguimos ter tanta percepção do que nos rodeia, que é uma lógica bastante conhecida do jogo. Não temos tanta capacidade de antecipar adversários ou de evitarmos cercos. Toda a acção fica menos frenética, acabando por ser menos interessante que os jogos originais.

Acreditamos que estas limitações tenham sido impostas pela produtora. Não seria fácil destruir centenas de inimigos a apontar um a um com a nossa cabeça, nem orbitar um planeta inteiro, dadas as limitações conhecidas do PSVR. Desta forma, a Housemarque garante que os jogadores não se enjoam a jogar o seu clássico… nos dois sentidos. Nem se aborrecem a jogar demasiado tempo, nem ficam nauseados pela acção em si.

Contudo, devo avisar que é um jogo que pode criar alguma desorientação pontual, visto que controlam a nave de forma muito semelhante a Battlezone. Falando em termos de controlos, vão continuar a usar ambos os analógicos para patrulhar o planeta mas, para atacar, terão de olhar para o vosso alvo. O PlayStation VR reflecte os vossos movimentos e coloca a mira sobre o adversário que estão a olhar no momento. Até ver, este método de controlo é algo falível e nem todos os suportarão com facilidade.

Veredicto

Super Stardust Ultra VR continua a ser o mesmo jogo que já jogamos à 10 anos. Será sempre uma referência dentro do seu género. Contudo, esta reedição parece mais um “preenchimento” criado especificamente para o PlayStation VR. Adiciona um modo de jogo só para justificar a sua existência nos títulos de arranque do PSVR. Mas, ao fazê-lo, retira-lhe o charme e acção frenética que fez da série tão viciante ao longo da sua existência. Conhecer o cockpit é interessante, mas rapidamente voltarão ao modo clássico. Não é um simulador, nem convence como jogo de arcadas.

  • ProdutoraHousemarque
  • EditoraSony Computer Entertainment
  • Lançamento13 de Outubro 2016
  • PlataformasPS4, PSVR
  • GéneroAcção, Arcade
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Falta de acção frenética que caracteriza o jogo
  • Mapa condensado

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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