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Análise: Starcraft 2 – Legacy of the Void

Cinco anos depois do lançamento do jogo original, Wings of Liberty, chega-nos Legacy of the Void, o capítulo final da trilogia de Starcraft 2. Pelo meio ainda recebemos Heart of the Swarm que nos colocou numa jornada para criar um império Zerg com a Queen of Blades. Este Legacy of the Void tem um objectivo mais pessoal e coloca a raça Protoss a lutar contra a sua extinção e a tentar recuperar o seu planeta.

Todos os jogos da Blizzard, têm um grande foco na narrativa com cenas intermédias (cutscenes) de fazer inveja a muitas produtoras de animação. Esta nova expansão não é excepção. Este episódio, por exemplo, arranca com uma fantástica batalha entre os Zerg e os Protoss, que nos deixa de olhos arregalados, logo no início.

Aiur, o planeta originário dos Protoss, foi devastado pelos Zerg, obrigando esta raça a viver à deriva pelo espaço com toda a sua gigante frota. Cientes da dificuldade da tarefa em reconquistar o seu planeta, os Protoss prepararam-se a rigor para uma batalha que será, no mínimo, épica.

Artanis, o grande líder desta raça tecnologicamente avançada, tem uma noção de táctica fora do normal e certificou-se que tinha tudo o que precisava para levar o seu povo novamente para Aiur. Para tal, reuniu o máximo de soldados possível e criou uma arma capaz de fazer inveja à própria Death Star num outro universo.

As missões deste culminar da trilogia, mostram o quanto Artanis se preparou para conquistar o seu planeta. As primeiras funcionam como uma mensagem aos restantes Zerg que ainda permanecem em Aiur, mas rapidamente percebemos que os Zerg serão o mínimo da nossa preocupação, quando nos deparamos com os híbridos de Amon.

Entre as novidades desta expansão, temos a “Spear of Adun”, a nave principal de Artanis que serve como centro de operações para as missões. Quando está presente durante os confrontos, permite-nos colocar Pylons no mapa, teleportar uma unidade extremamente forte ou até mesmo invocar um ataque aéreo de lasers a partir do espaço, o ideal para qualquer momento mais complicado.

Outra novidade neste jogo é o painel de personalização das tropas, onde podemos receber novas opções consoante o progresso na campanha e todas elas oferecem habilidades que poderão auxiliar nas batalhas. Entre as unidades que podemos escolher estão as quatro facções dentro dos Protoss: Khalai, Nerazim, Purifieres e Tal’darim.

Por fim, mas não menos importante, é o novo modo cooperativo. Dois jogadores unem esforços para um objectivo comum, seja impedir a destruição de uma estrutura importante ou impedir que os comboios Moebius Corps cheguem ao destino. Há vários objectivos e em todos eles é necessário escolher sempre um líder. Para os Terrans teremos como escolha Raynor e Swann. Para os Zerg contamos com a ajuda da Kerrigan e Zagara; e para o Protoss podemos escolher entre Artanis e Vorazun.

Visualmente, Legacy of the Void pode deixar alguns fãs decepcionados. Isto potque, para todos os efeitos, estamos a jogar o mesmo jogo de há cinco anos. Não há grandes alterações, mas também está longe de ser mau. Os cenários, as tais cutscenes, o trabalho de voz ou até mesmo a banda sonora têm uma qualidade intemporal e todos nós sabemos que grande foco de StarCraft é mesmo a sua jogabilidade e o seu equilíbrio entre as diferentes facções. Não podemos esquecer que este jogo foi o pioneiro na transmissão online de jogos, muito antes de League of Legends. Talvez por isso, é importante que os gráficos não seja tão exigentes que interfiram com a jogabilidade quase perfeita. E essa… é melhor não mexer.

Veredicto

Starcraft II: Legacy of the Void, tem um ritmo de jogo que irá agradar a qualquer fã deste género. É intenso, tem várias surpresas na história e muitos momentos memoráveis. Graficamente não há grandes melhorias em relação aos seus antecessores, mas o seu estilo próprio faz-nos esquecer qualquer ponto mais negativo. Por fim, devo dizer que a Blizzard fez um trabalho impressionante de manter a essência de um jogo com cinco anos e ao mesmo tempo aprimorá-lo de forma a tornar-se à prova do tempo. Esta campanha, criada ao longo de vários anos e com vários jogos é a prova que o género de estratégia ainda tem muito espaço para vingar.

  • ProdutoraBlizzard
  • EditoraBlizzard
  • Lançamento10 de Novembro 2015
  • PlataformasMac, PC
  • GéneroEstratégia
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Grafismo datado
  • Muito tempo à espera!

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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