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Análise: Star Ocean – Integrity and Faithlessness

Após sete anos de espera, a popular série Star Ocean faz a sua estreia na PlayStation 4 com uma história inédita, um sistema de combate em tempo real e algumas diferenças dos restantes jogos da série. Regressemos a Faykreed com Star Ocean – Integrity and Faithlessness.

A série Star Ocean estende-se por 20 anos, tendo nascido na velinha Super Nintendo. Até hoje, foram lançados cinco títulos, estando os fãs à espera de uma sequela desde 2010. No caso desta série, porém, ao contrário dos jogos deste género, até é possível pegar em qualquer um dos títulos sem terem jogado qualquer um dos demais. Embora seja claramente vantajoso do ponto de vista da narrativa que sigam a linha temporal, conforme irão perceber. Até porque, apesar de ser o quinto jogo da série, situa-se cronologicamente entre o segundo e o terceiro título.

A história de Star Ocean: Integrity and Faithlessness fala-nos sobre uma guerra entre dois reinos do planeta Faykreed e como, num desses reinos, conhecemos o nosso jovem protagonista, Fidel Camuze. Este, decide sair da sua cidade em busca de ajuda perante o flagelo da guerra. Para o acompanhar nessa epopeia, conta com Miki, uma amiga de infância que perdeu a sua memória e é alvo de um misterioso poder.

Como os restantes jogos da série, este também envolve imensas batalhas, traições e muitas personagens que podem integrar no nosso grupo. Partindo deste ponto, entraremos num emaranhado de reviravoltas inter-galácticas que todos conhecemos e adoramos em Star Ocean. Para aqueles que nunca jogaram um jogo da série, não se preocupem. Apesar de todos os jogos pertencerem ao mesmo universo, os novos jogadores não precisam de ter qualquer conhecimento dos anteriores para usufruir do jogo, uma vez que o arco da narrativa é único.

Contrariando a minha habitual forma de analisar videojogos, desta vez vou começar pelo que mais me deixou descontente neste novo título. O trabalho de voz não me surpreendeu em nenhum momento. A tradução do Japonês original para Inglês tem falta de emoção e entusiasmo. Por consequência tornou-se mais complicado seguir a história, estando invariavelmente atento à má performance dos actores de voz.

E onde notei mais falta foi em produção de cutscenes ou, pelo menos, em alguns vídeos mais emocionantes que me ajudasse a perceber o enredo enquanto se desenvolve. Quase todos os jogos modernos usam este modelo, este não. A única forma que o jogo tem de desenvolver a narrativa é parar a acção e colocar as personagens a dialogar entre si, sem qualquer acção dramática. É complicado explicar como esta situação é tão simplista, mas o que sinto é que a história fica um pouco pro-forma com estes pequenos erros nas opções de design.

Contudo, estes pontos acima ainda não condenam o jogo. Star Ocean: Integrity and Faithlessness tenta manter elementos clássicos de RPG sempre que pode, enquanto aposta no tema da ficção científica e da fantasia. Podem explorar, comprar e vender bens e conversar com pessoas, como o esperado neste tipo de jogo. Ao início parecerá um pouco aborrecido, mas é mais lá para a frente que as coisas começam a ficar mais emocionantes. Assim que entram em batalha, passado alguns capítulos da história, tudo começa a ficar mais agitado.

Quando derem por vocês têm uma equipa de sete pessoas, que podem alternar entre elas durante a batalha. A batalha é feita em tempo real e as personagens que não estejam a ser controladas pelo jogador, possuem uma IA bastante capaz. Apesar destas batalhas acontecerem em tempo real, ao pressionar o triângulo, poderão pausar por completo o combate. Assim, podem facilmente mudar a vossa estratégia de combate a qualquer altura, equipar as personagens ou até alternar entre elas.

Estas batalhas são emocionantes com todas as personagens a participar ao mesmo tempo. E, o mais interessante, é que não há qualquer transição, bastando aproximar-nos dos inimigos para começar a batalha, tal como acontece nos RPGs mais recentes como Xenoblade ou até mesmo nos novos Final Fantasy.

Para ajudar os nossos combatentes temos à nossa disposição a magia Signeturgy, conhecida nos jogos anteriores como Symbology. Esta magia pode ser usada durante o combate com a ajuda dos MP (Mental Points) de cada personagem. As mais diversas Battle Skills (magias) podem ser desbloqueadas com a ajuda de livros que irão encontrar durante a vossa jornada.

Para além da Signeturgy, há também várias funções (Roles) que podem ser desbloqueadas com SP (Special Points). Cada função tem um nível máximo de progresso que apenas um dos membros pode usar durante a batalha, que também irá também ditar a sua estratégia durante a batalha. O “Attacker Role“, por exemplo, fará com que a personagem ataque mais cedo e de forma mais recorrente.

Se a narrativa fica um pouco aquém do esperado, o grafismo teve exactamente o efeito contrário. Todo o design dos cenários, das personagens e até mesmo os pormenores da vegetação estão muito bem criados na PlayStation 4. Segundo a produção, o jogo corre na maioria do tempo nuns impressionantes 60FPS. Embora mantenha esta performance ao longo do título, notei algumas pequenas quebras em cenários mais vastos, mas nada que realmente sacrificasse a jogabilidade.

Veredicto

Star Ocean: Integrity and Faithlessness é um RPG com muito boas ideias, uma visual na PlayStation 4 realmente deslumbrante e outras características que o tornam quase obrigatório para os fãs do género. O seu grande problema reside apenas em não conseguir cativar a audiência para acompanhar o desenlace do enredo, devido à sua fraca tradução das vozes e na forma como opta por contar a história, sem as tradicionais cenas intermédias. Para quem desejar entrar neste universo, porém, o jogo mantém os elementos de um bom RPG e consegue oferecer mais de 40 horas para terminar a história principal.

  • ProdutoraTri-Ace
  • EditoraSquare Enix
  • Lançamento30 de Junho 2016
  • PlataformasPS3, PS4
  • GéneroRole Playing Game
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • História fraca
  • Falha em cativar os jogadores para conhecer a história

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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