Spider-Man The Edge of Time

Stan Lee, o criador de Spider-Man, viu a sua personagem nascer em 1962, mas foi só 20 anos depois, que o Homem-Aranha se estreou nesta indústria com um jogo homónimo para a veterana Atari 2600.

Desde então, Spider-Man já entrou em mais de 20 jogos e no ano passado a produtora Beenox desenvolveu um jogo com uma ideia diferente, misturando vários universos de Homem-Aranha e para seguir com o seu grande sucesso, a mesma produtora lança agora Edge of Time com a mesma dinâmica, mas ao contrário do que poderiamos esperar, Edge of Time não brilha como seu antecessor.

Edge of Time, tal como o nome indica, baseia-se em torno do tempo. Temos o The Amazing Spider-Man tal como todos nós conhecemos e o Spider-Man de 2099, igual à versão futurista de Shattered Dimensions e o enredo conta que em 2099 um cientista louco com sede de dominar o mundo cria uma tecnologia que permite voltar atrás no tempo.
Com o sucesso da sua experiência, Walker Sloan consegue criar um universo paralelo onde o conhecido Daily Bugle passa a chamar-se Alchemax Corporation. Para colocar o mundo novamente como era, ambos os Spider-Man têm de juntar esforços.

Os heróis conseguem falar entre si através de buracos temporais. Existe alguns resultados bastante interessantes, enquanto jogamos com Spider-Man, as nossas acções têm impacto directo no futuro. Aconteceu destruirmos um elevador e no futuro a zona onde existia o elevador, rapidamente se transformou numa sala de arrumos.

Presente ou Futuro?

As duas versões de Spider-man pouco diferem no combate. Não acontece como em Shattered Dimensions onde cada Homem-Aranha tinha um gameplay específico. Em Edge of Time, a jogabilidade e o tipo de missões é igual quer estejamos no presente ou no futuro, pouco muda a não ser os cenários, os fatos dos heróis e o poder especial de cada um. Spider-Man 2099 consegue criar uma cópia de si, um decoy, para enganar os inimigos. O actual homem-aranha consegue mover-se a grande velocidade ajudanto a passar por lasers de detecção e alguns ataques. Durante o jogo irão estar, a maior parte do tempo, a alternar entre as diferentes versões de heróis. Com o Spider-Man 2099 terão imensas situações de queda livre, arriscariamos até a dizer que é exagerada a quantidade de níveis que este Spider-Man está em queda-livre a tentar desviar-se de obstáculos.

Os detalhes do Homem-Aranha

Graficamente o jogo está bem conseguido, ambientes com bom detalhe e nota-se algum cuidado nas personagens, incluindo os protagonistas, no entanto, a câmara está um pouco afastada da acção para podermos ver em mais detalhe.
Durante o jogo terão a possibilidade de desbloquear os modelos de cada personagem e inimigo e visualizar em detalhe na galeria. Podendo fazer ampliar e rodar cada um.

As teias

Ao contrário de outros jogos deste herói, não existe um mundo aberto ou uma cidade onde podemos andar livremente a lançar as teias. Aqui, a maior parte do tempo andamos por corredores estreitos e com um caminho bastante linear. A possibilidade de trepar qualquer tipo de parede não foi esquecida e os super-heróis tem excelentes animações nesta habilidade.

A campanha pode ser terminada facilmente e em cerca de 6 horas, os Web of Challenges dão mais um pouco de longevidade ao jogo a quem queira ganhar os troféus/achievements.

Veredicto

Beenox esteve muito bem o ano passado, mas este Spider-Man: Edge of Time não traz a mesma brisa de ar fresco que Shattered Dimensions.
Aqui sentimos imenso a monotonia. Desactivar botões, destruir geradores, coleccionar chaves e ter de repetir estas tarefas vezes sem conta torna o jogo demasiado repetitivo e rapidamente cai em esquecimento.