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Análise: Sonic Boom: Shattered Crystal

O Sonic já teve melhores dias desde que chegou às consolas de alta definição, a sua carreira tem sido vítima de grandes oscilações, perdendo um pouco o seu conceito original e com a chegada do Sonic Boom, veio também um design drasticamente diferente às personagens originais. Nós, como fãs do herói azul, tinhamos grandes esperanças para este novo caminho. No entanto, a versão da Wii U acabou por desiludir e esta versão da 3DS também não vai salvar o Sonic. 

A história arranca bruscamente com a Amy a confrontar Lyric. Um novo inimigo, semelhante a uma cobra com um fato mecânico. Eventualmente a Amy acaba por ser capturada, dando uma boa razão para a rapaziada começar a sua aventura. O resto da história é contada através de diálogos e é difícil manter o ritmo, principalmente quando forçam piadas em cada diálogo.

Em termos de jogabilidade o jogo não nos deixa acelerar o passo e fazer tudo a correr como seria de esperar quando controlamos o ouriço azul. Aqui, há a hipótese de trocar entre 4 personagens diferentes: Sonic, Tails, Knuckles e Sticks. Este último, é uma nova personagem, muito “paranóica”, e equipada com um Boomerang que pode ser usado para activar botões à distância. Paranóica, mas não sou eu que o acho, são as restantes personagens que insistem em chamá-la assim em quase todos os diálogos, dando-nos bem a ideia de que lhe faltam “alguns parafusos”.
Cada personagem tem a sua habilidade especifica e no decorrer dos níveis terão de usar cada uma delas para progredir. Um pouco ao estilo do clássico The Lost Vikings.

Sonic Boom: Shattered Crystal graficamente está muito bem conseguido, não há quaisquer quebras de frames e todas as personagens estão bem criadas. Os cenários estão bem desenhados e dão uma boa sensação de profundidade, mesmo jogando em 2D, mas (há sempre um “mas”), torna-se repetitivo muito rapidamente. Os inimigos variam muito pouco, cada nível dura em média 15 minutos, o que não é particularmente mau, se não tivéssemos de voltar atrás para percorrer cada canto à procura de cristais.

Aliás, o jogo não só incentiva a exploração como nos obriga a tal. Os níveis são desbloqueados através de Badges e para os ganhar é necessário apanhar todos os cristais que estão espalhados pelo cenário. O mapa, presente no ecrã inferior da consola, também não ajuda na exploração. Mostra-nos algumas áreas, mas não é preciso ao ponto de sabermos onde já passamos ou se é seguro descer por um determinado caminho.

Também existem upgrades para as personagens, que vão do mais básico ao insignificante. Para adquirir estes upgrades é necessário navegar até ao início do mapa e os que existem não nos dão nada significante, que justifique a viagem e acabam esquecidos durante o progresso do jogo.

Há pontos positivos no jogo! Existem 3 tipos de níveis: Primeiro o de plataformas, referido anteriormente e que dura em média 15 minutos; Segundo, o dos níveis tubulares que apesar de serem interessantes acabam em monotonia por serem sempre iguais e finalmente temos as corridas com outras personagens onde surgem (sem qualquer explicação) o Shadow e o Metal Sonic. Estes níveis são o mais próximo do jogo original onde percorríamos tudo sempre a correr de modo a completar os níveis da forma mais rápida.

Veredicto

Sonic Boom: Shattered Crystal é dificil de recomendar. Isto não só a fãs do Sonic, como também a fãs de jogos de plataformas. O jogo falha nos conceitos mais básicos, desde os controlos à forma de progressão. Graficamente está bem conseguido e não tivemos nenhumas quebras de frames como aconteceu na versão da Wii U, mas nem mesmo os níveis de corrida nos fazem esquecer todos os problemas do jogo. Agora, com licença, vou ligar a MegaDrive para matar saudades do Sonic.

  • ProdutoraSanzaru Games
  • EditoraSEGA
  • Lançamento21 de Novembro 2015
  • Plataformas
  • GéneroPlataformas
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Diálogos fracos com humor forçado
  • Modo de progressão do jogo
  • História forçada

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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