SI_3DSDS_SamuraiWarriorsChronicles3

Análise – SAMURAI WARRIORS: Chronicles 3 (3DS)

A série hack and slash está de regresso à Nintendo, desta vez com SAMURAI WARRIORS: Chronicles 3. O protagonista deste jogo somos nós e com a nossa personagem, devidamente criada, vamos fazer parte dos momentos e confrontos mais emblemáticos da história sobre a unificação do Japão. Tal como a série já nos tem vindo a habituar, a inferioridade numérica no campo de batalha é uma constante mas é nele que agora podemos encontrar, além da nossa personagem, mais três generais aliados, entre os quais podemos alternar, sempre que quisermos ou precisarmos. 

SAMURAI WARRIORS: Chronicles 3 tem como base o seu antecessor, Samurai Warriors 4, e encontra-se disponível para a Playstation Vita e para a família de consolas Nintendo 3DS. A versão analisada foi a da 3DS e apesar de ser uma adição bastante pertinente à biblioteca da eShop não deixa de apresentar alguns problemas. Vamos então dar começo à nossa análise!

Tal como mencionei em cima, Samurai Warriors: Chronicles 3 transporta-nos para a era Sengoku, no século XVI, onde as lutas pela unificação do Japão se preparam para atingir o seu auge. Só que, no meio de tantos senhores da guerra aos quais o protagonismo assentaria que nem uma luva, é na nossa personagem que ele cai.

A nossa primeira missão é no entanto criá-la e, verdade seja dita, o sistema de criação de personagens, a primeira componente retirada de Samurai Warriors 4, lançado no ano passado para a Playstation Vita, é bastante robusto. As possibilidades são imensas, pelo que não será difícil criar uma personagem bem ao vosso gosto. Depois disso, a nossa aventura pode finalmente começar. Primeiro começamos como um general ao serviço do clã Oda – diz-se que o conceito da unificação de todo o Japão terá partido desta família – mas rapidamente damos por nós ao serviço de outras forças e consequentemente outros pontos de vista.

Aqueles que acompanham as séries a cargo da Koei, seja Dynasty Warriors, por exemplo, ou Samurai Warriors sabem para o que vão e o que esperar da jogabilidade que, nestes casos, é muito própria. Para os recém-chegados, porém, deixo uma simples descrição que rapidamente vos deixa a par de tudo: Derrotar um imenso número de soldados inimigos e os Oficiais que os lideram ao mesmo tempo que cumprimos uma série de objectivos que vão surgindo no ecrã, este é o caminho para a vitória em cada missão.

Um conceito simples mas que não impede nenhuma destas séries de cair na repetição por estarmos várias vezes a executar os mesmos movimentos no mesmo tipo de inimigos dos quais muda apenas o Oficial, ou Oficiais que os comandam e que se encontram espalhados pelos vários campos de batalha do jogo, também eles enormes. Por norma, quando cumprimos um objectivo, toca de montar a cavalo ou correr até ao próximo objectivo, o que leva a vários tempos mortos onde nada se passa além de uma desagradável monotonia. No entanto Chronicles 3 contorna estes dois aspectos (Repetição e Monotonia) de forma bastante pertinente.

Em combate nunca estamos sozinhos. Muito pelo contrário, em cada missão, a contar com a nossa personagem, podemos controlar até 4 oficiais entre os quais podemos alternar sempre que desejarmos. Esta troca de personagens permite-nos estar sempre no meio da acção e confere-nos várias formas de jogar Samurai Warriors: Chronicles 3. Quando uma batalha está ganha com um Oficial, basta-nos aceder ao ecrã inferior da portátil a Nintendo e indicar o local do seu próximo objectivo. Enquanto este se desloca até lá, basta-nos alternar para outro Oficial e assegurar mais uma vitória noutro local.

Os fãs da série vão ficar contentes por saber que o leque de personagens abrange todas as personagens de Samurai Warriors 4 bem como a sua jogabilidade, Hyper Attacks incluídos, e todas elas têm um papel mais predominante na história do jogo. O espaço entre as batalhas, permite-nos conversar e desenvolver amizades com os nossos aliados e serve também para treinar os soldados ao nosso serviço. Para desenvolver uma amizade com as restantes personagens do jogo, podemos simplesmente falar com elas. Cada samurai, começa com um certo grau de afinidade para connosco, representado por uma simples cara com um sorriso adequado à sua afeição actual por nós.

Escolham as opções correctas durante os diálogos e por vezes podem desbloquear batalhas especiais. Uma componente diferente e até mesmo interessante mas que é completamente arruinada pelo incessante grinding a que nos submete. Os níveis de afeição sobem demasiado devagar, pelo que teremos de repetir várias vezes as mesmas missões se quisermos deixar algumas personagens felizes. Felizmente, há uma alternativa que é a tradicional cerimónia do chá para a qual podemos convidar algumas personagens. Só que aqui há outro problema, o dinheiro que custa e que poderia ser aplicado noutras componentes mais úteis.

Falo por exemplo do sistema de Upgrade das nossas armas. Sempre que derrotamos um oficial no campo de batalha, este deixa no chão uma peça que podemos aplicar nas nossas armas. Cada uma confere um certo benefício pelo que facilmente encontrarão algo que caia dentro do vosso estilo de jogo. Aliado a isto surge o tradicional sistema de level up que também tem a sua quota parte de problemas. À medida que vamos progredindo, tanto a nossa personagem como as que nos acompanham vão evoluindo, só que por vezes, a bem do desenrolar da história, damos de caras com novos aliados. Estes chegam num nível inferior (nível 5, no mínimo).

Desta feita, não posso deixar de recomendar que as vossas primeiras aventuras sejam feitas no modo Easy. Não por vossa causa mas por causa da Inteligência artificial que vai controlando as restantes personagens que, diga-se, é atroz. Se a isso juntarmos o tempo que as missões podem levar até as completarmos pela quantidade absurda de objectivos que temos para cumprir em cada uma delas, tanto opcionais como pontos fulcrais para o sucesso da batalha, acreditem que mais vale jogarem primeiro no Easy do que ter de fazer tudo outra vez por causa de um erro cometido pelo computador que não sabe fazer pelo menos um bom Button Mash e dilacerar os simples soldados que rodeiam os nossos intrépidos aliados.

Se precisarem de mais adrenalina, têm sempre o Challenge Mode. Aqui a experiência intensifica-se na medida em que têm de angariar o maior número de pontos possível, cumprindo uma série de objectivos. Mais do que as tropas que terão de dilacerar, o tempo será o vosso pior inimigo. Com os pontos que conseguirem recolher, podem adquirir itens e armas raras.

Veredicto

Ao jogar a Samurai Warriors: Chronicles 3 na Nintendo 3DS facilmente reparei no quão visualmente espremida esta versão teve de ser para que se tornasse compatível com as portáteis da Nintendo. De facto é uma pena mas não quer isto dizer que este seja um mau port. Os olhos comem muito, é certo, mas não faltam pontos a seu favor. A acessibilidade do ecrã inferior faz com que a acção que decorre no ecrã principal nunca seja interrompida e, além disso, apesar de alguns problemas apresentados, a jogabilidade fala bastante alto, tornando a experiência bastante agradável para os fãs que agora a podem levar para onde quiserem.

  • ProdutoraOmega Force
  • EditoraKoei Tecmo
  • Lançamento24 de Junho 2015
  • PlataformasVita
  • GéneroLuta
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Versão 3DS visualmente espremida para garantir compatibilidade
  • Grinding do sistema de relação entre personagens
  • Convém primeiro jogar no modo Easy

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

Comentários