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Análise: Samurai Warriors 4 – Empires

A Koei Tecmo regressa com a sequela de Samurai Warriors, o primo afastado de Dynasty Warriors. Focado no período medieval Japonês, Samurai Warriors é ideal para quem gosta de jogos hack’n’slash e da cultura oriental, uma vez que o elenco é baseado nos guerreiros da época. Contudo, nem tudo corre bem de katana na mão.

Caso não estejam familiarizados com o título, saibam que são colocados no papel de um general com o seu grande exército. E como um bom general, deverão entrar no meio do combate com os vossos ataques capazes de dizimar uma dezena de inimigos de uma só vez. O objectivo, por cada nível, é derrotar todos os inimigos até capturar a sua base, normalmente protegida por outro general. Numa visão mais abrangente, o objectivo do jogo é matar os outros clãs e unir o Japão. Sempre que terminam um nível, espalham o vosso território e abrem mais zonas do país para, posteriormente, capturar ainda mais bases.

Entre batalhas, devem criar a estratégia do vosso exército, indicar um líder e seis magistrados, gerindo política e economia. Cada magistrado tem os seus pontos fortes e fracos, diferentes políticas e diferentes maneiras de lidar. Se escolherem mal, as vossas poupanças podem cair, a lealdade do exército pode ficar comprometida e a vossa fama vai por água a baixo. Por isso, é necessário perder algum tempo para que nada corra mal. Como se não bastasse, ainda terão de escolher a quantidade de ouro e o equipamento que levam para a batalha.

Quando finalmente entram na batalha em si são colocados num gigante cenário que ao início até parece aberto à exploração. Daí em diante terão de eliminar as dezenas de inimigos que vos vão surgir pelo caminho. É normal acabar cada nível com mais de 1500 mortes, portanto preparem-se para derrotar mesmo muitos inimigos.

Contudo, a ilusão de mundo aberto é apenas uma ilusão, uma vez que só nos é permitido escolher a nossa orientação geral, sobrando apenas os combates com toda a confusão característica dos Hack’n’Slash. Tal como nos jogos anteriores, terão um botão dedicado ao ataque principal, outro para para o poder especial e outro responsável pelo atributo único de cada personagem. E é tudo em termos de interacção.

Depois de largos minutos a planear todo o campo de batalha, acabam por ser apenas uns breves minutos de combate que não justificam o tempo de planeamento, nem se percebe onde as nossas escolhas tiveram impacto. São várias mecânicas diferentes que não são devidamente explicadas, nem o impacto real que têm em combate.

A história, é outro caso da falta de imersão. É contada em breves cenas de diálogo e partem do princípio que todos estão familiarizados com a cultura japonesa. Não é detalhada e deixa a apresentação geral do jogo comprometida. Dei por mim a saltar a maior parte das introduções e menus para finalmente chegar aos combates, que são a melhor parte do jogo. Mesmo assim, caí muitas vezes em monotonia pela repetição.

Visualmente o jogo não é brilhante mas cumpre o seu objectivo, com o seu aspecto tipicamente oriental, a fazer lembrar Manga. Uma coisa é certa, mesmo estando rodeado de centenas de inimigos, com cada um deles a atacar-me e a saírem faíscas da minha armadura, a PlayStation 4 manteve-se sempre estável e nunca teve uma única quebra visual aparente. Devemos dar o mérito técnico à produtora Omega Force pela optimização na consola.

Veredicto

Samurai Warriors 4: Empires é um jogo que vos deixa fazer muita coisa, mesmo que não saibamos sempre o quê. Se isto vos parecer vago é porque consegui passar a ideia certa. É um jogo que nos permite planear as batalhas com muitas opções sem explicar o impacto de cada uma delas. E, por consequência, acabamos por não dominar nenhuma das mecânicas. Toda a história é contada como se estivem familiarizados com a cultura Nipónica, o que torna complicado um recém-chegado gostar do jogo. No entanto, talvez este tipo de jogos esteja mesmo orientado para os fãs do género. É por esta mesma razão que me é difícil recomendar o jogo a alguém que não seja fã da série.

  • ProdutoraOmega Force
  • EditoraKoei Tecmo
  • Lançamento15 de Março 2016
  • PlataformasPS3, PS4, Vita
  • GéneroAcção, Hack and slash
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Falta de detalhe na história
  • Mecânicas dispensáveis para o género
  • Muito repetitivo

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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