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Análise – Saber é Poder: Gerações (PlayLink)

Depois do sucesso do primeiro Saber é Poder da série PlayLink, seria de esperar que, mais cedo ou mais tarde, surgisse uma nova versão. E aí está Saber é Poder: Gerações, pronto para testar os vossos conhecimentos de cultura pop e entretenimento.

Para aqueles que nunca ouviram falar, Saber é Poder é um jogo que da série PlayLink que traz para a PS4 o clássico estilo de jogos sociais de tabuleiro, como Trivial Pursuit, por exemplo. A base deste título é propor vários questionários (quiz) de conhecimento geral (e não só), estes divididos por tópicos. Contudo, existem algumas dinâmicas divertidas que tornam mais difícil a resposta, mesmo que saibam qual é. E, como trunfo da série PlayLink, o DualShock 4 é trocado por um dispositivo móvel de cada um, mediante uma app para iOS e Android. Esta abordagem, como devem calcular, torna a interacção muito mais acessível, garantindo que todos lá em casa jogam.

A principal novidade nesta nova vida de Saber É Poder, está nos temas. Neste título vão testar em particular o vossos conhecimentos de cultura pop em voga nos últimos anos. Depois da respectiva selfie para usar como foto de perfil e da escolha de uma personagem de referência, começa o jogo em si. O grupo, com um máximo de seis jogadores é chamado para escolher um ponto de partida, a partir do qual os tópicos a seguir evoluirão, geralmente vinculados ao ponto de partida. Neste caso, será escolhida a década que desejam começar: Anos 80, 90, 2000 ou 2010.

Em termos de categorias, irão passar por música, TV, filmes e cultura popular. Dentro destas, existem sub-categorias que testam o vosso conhecimento em arte, eSports ou livros. A partir daí o jogo desencadeia uma mistura de perguntas e desafios. Para cada pergunta aparecerão quatro respostas possíveis, sempre visíveis na televisão, facilitando (de certa forma) a vossa resposta. Só que é óbvio que tem de haver um desafio pelo meio.

Depois de 12 rondas de perguntas, é apresentado o jogo final, mais uma vez representado pela “pirâmide do conhecimento”. Aqui, com base na pontuação acumulada até aquele momento, coloca os participantes nos andares correspondentes. Uma vez na pirâmide, será necessário responder acertadamente para tentar chegar primeiro ao topo e levar o “pergaminho da curiosidade”. Este é uma espécie de prémio para “encher o peito” e dar-vos um facto curioso para iniciar uma conversa na próxima viagem de elevador. Mas, pouco mais que isso. Uma sessão neste modo pode levar cerca de 25 minutos, o que considero uma boa marca, nem demais, nem de menos.

Depois do seu primeiro título, a Wish Studios deve ter chegado à conclusão que precisava de algo diferente. Por isso, adicionou três modos adicionais diferentes: Quick Match, Challenge e Questions. Estes modos são precisamente o que indicam: podem optar por uma partida mais rápida, uma só com desafios ou uma só com perguntas triviais. O modo principal é, ainda assim, o mais interessante, pelo menos na minha opinião. Oferece mais diversidade de jogo. Mas, ter mais modos para jogar não é, de todo, um ponto negativo, obviamente.

Como seria de esperar, não basta responder às perguntas, é preciso dificultar a vida aos jogadores. Os vários participantes podem atacar o jogador com mais pontos para roubar a liderança. Para tal, antes de cada pergunta é possível escolher um entre os vários trunfos disponíveis que irão mexer com as respostas de cada jogador. O gelo, por exemplo, congela as respostas e têm de carregar várias vezes até conseguir finalmente carregar no botão e o tempo nunca pára de contar.

Outros trunfos que passam por ter bombas que atrasam a resposta, letras que se movimentam para dificultar a legibilidade e até um vírus que deixa os telemóveis cheios de glitches. Estas mecânicas servem, obviamente, para prejudicar o próximo e ganhar força para a corrida final, que irá levar-nos para a tal pirâmide do conhecimento. Apesar de oferecer uma dinâmica diferente, porém, nem sempre é justa. Felizmente, agora é possível desactivar estes “trunfos”, uma opção bem vinda e que estava ausente na primeira versão.

A estética deste título continua a ser bastante animada, feita como um estilo de banda-desenhada que me faz lembrar filmes de animação do género stop motion. É difícil não gostar do seu design divertido. As animações das personagens e das armadilhas, irão arrancar algumas gargalhadas fáceis aos jogadores. Mais uma vez, a PlayStation 4 lida muito bem com esta simplicidade gráfica que estes títulos trazem, tal como aconteceu com o recente Chimparty, um outro título da série PlayLink.

Uma nota muito positiva para uma questão muito importante nestes jogos familiares. A localização é muito importante para jogarmos lá em casa, onde nem todos estão à vontade com línguas estrangeiras. A PlayStation Portugal continua a apostar forte nas dobragens e a a versão portuguesa deste título conta com uma excelente dobragem e adaptação do inigualável Herman José. O humorista regressa para emprestar a sua voz ao anfitrião Max e é dos melhores brindes deste jogo. A escolha não podia ser mais perfeita, encaixando no perfil do anfitrião virtual, igualmente extrovertido, brincalhão e sempre alegre.

Veredicto

Saber é Poder: Gerações é mais pragmático do que o seu antecessor. As questões propostas e as muitas subcategorias são excelentes para jogar em família. Só tive pena da Sony não ter disponibilizado esta versão num simples DLC ao invés de apostar num título. Contudo, não deixa de ser um divertido exclusivo, bem representativo do que é o PlayLink e com aquela dose de distracção, digna de um concurso de televisão, capaz de nos entreter durante várias horas enquanto testamos o nosso conhecimento de cultura geral. Tudo isto, com o bónus de o fazermos juntamente com os nossos amigos e família.

  • ProdutoraWish Studios
  • EditoraSIEE
  • Lançamento14 de Novembro 2018
  • PlataformasPS4
  • GéneroParty
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • A tradução de alguns títulos levam a confusão
  • Podia ter sido um DLC

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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