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Análise: Rez Infinite

A probabilidade de já terem ouvido falar do título Rez é enorme. Depois de ter sido lançado originalmente para a SEGA Dreamcast e PlayStation 2, recebeu outro lançamento de sucesso na Xbox 360 com revisão gráfica. Agora, Rez Infinite chega à PlayStation 4 para se estrear na Realidade Virtual.

Não só está de volta o mesmo mundo utópico que tornou famoso o título original de 2001 para a Dreamcast, como também traz consigo novos truques. Incluindo uma nova área exclusiva para a PlayStation 4, melhores gráficos e, claro, a possibilidade de jogarem com o dispositivo PlayStation VR.

Para quem não conhece este jogo, tem lugar no ambiente de um computador futurista chamado Project-K, onde toda a informação é controlada por Eden, uma Inteligência Artificial que ficou sobrecarregada com a sua quantidade de conhecimento. Esta situação levou a IA a duvidar da sua própria existência e a entrar numa sequência de se auto-desligar. Nós somos um Hacker que terá de guiar o seu avatar para reiniciar Eden de modo a evitar uma enorme catástrofe. Pelo caminho, teremos de eliminar todos os vírus e firewalls que possam interferir no nosso caminho.

O dito avatar move-se por um caminho fixo, mas com a possibilidade de olhar para qualquer ângulo e disparar em qualquer direcção. Na sua essência, Rez é um shooter on-rails, semelhante ao clássico Space Harrier ou até mesmo a Panzer Dragoon. Contudo, o seu grafismo é baseado em vectores e tem provavelmente uma das melhores bandas sonoras que há memória. Todos os seus efeitos de áudio são gerados consoante a acção que está decorrer e o truque deste título está precisamente nessa forma como passa as sensações ao jogador. A combinação da banda sonora electrónica, com efeitos de som digitais e o comando a vibrar é sublime e é capaz de nos colocar numa espécie de transe, sobretudo com o VR colocado. Rapidamente perdemos a noção do que nos rodeia, enquanto tentamos parar Eden de se auto-desligar.

Na acção propriamente dita, podemos marcar os nossos inimigos ficando a pressionar o botão de ataque e, ao largar, o nosso avatar dispara para todos eles em simultâneo. Os combos surgem com o maior número de inimigos debaixo da nossa mira e no local onde fazem o dito Lock-on. Depois de derrotados, os inimigos largam um power-up azul que, quando apanhado, aumenta gradualmente a nossa vida. Coleccionem o suficiente e conseguem evoluir o avatar. Se forem atingidos, a vossa existência regride até ao ponto de desaparecer… “Game Over”.

Apesar de poder ser jogado sem a real necessidade do PlayStation VR, é com o headset que o jogo realmente brilha. A nossa mira, passa a ser controlada com a nossa cabeça, bastando olhar para o nosso alvo para marcá-lo e posteriormente disparar. É fácil, rápido e intuitivo. Mesmo sendo um jogo bastante rápido e com vários efeitos de luz, não tivemos qualquer problema de desorientação ou náusea, fruto também de algum hábito. Contudo, é preciso ter em conta que pessoas com epilepsia, devem ter especial cuidado com este título, por causa dos efeitos visuais e auditivos frequentes.

Apesar de em termos de jogabilidade e aspecto geral ser exactamente o jogo que foi lançado há 15 anos, existem algumas outras diferenças para além de ter sido adaptado à Realidade Virtual. O gráfismo foi revisto, agora em FullHD com 60 FPS e foi adicionado um capítulo intitulado Area X, exclusivo para a PlayStation 4. Este capítulo foi construído com a ajuda do Unreal Engine e é desbloqueado depois de terminarem os cinco capítulos originais. A principal novidade está na possibilidade de controlar livremente o avatar, sem que este percorra um caminho fixo.

Veredicto

De todos os clássicos que a Sony podia ter “desenterrado” para o PlayStation VR, Rez foi certamente uma das melhores opções. É incrível como este Rez Infinite funciona na perfeição com o PlayStation VR, dando mesmo a ideia que foi concebido para um dia chegar à Realidade Virtual. A sua excelente banda sonora dá outro significado à sinestesia – a fusão entre duas sensações, neste caso a visão e audição. É um título muito interessante para perceberem como, por um lado, há clássicos intemporais e, por outro, como alguns jogos ganham outra vida graças ao PlayStation VR.

  • ProdutoraUnited Game Artists
  • EditoraEnhance Games
  • Lançamento13 de Outubro 2016
  • PlataformasPS4, PSVR
  • GéneroAcção, Arcade
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Relativamente fácil
  • Praticamente o mesmo jogo de há 15 anos

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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