Mais infoProdutora: United Game ArtistsEditora: Enhance GamesLançamento: 13/10/2016Plataformas: , Género: ,

A probabilidade de já terem ouvido falar do título Rez é enorme. Depois de ter sido lançado originalmente para a SEGA Dreamcast e PlayStation 2, recebeu outro lançamento de sucesso na Xbox 360 com revisão gráfica. Agora, Rez Infinite chega à PlayStation 4 para se estrear na Realidade Virtual.

Não só está de volta o mesmo mundo utópico que tornou famoso o título original de 2001 para a Dreamcast, como também traz consigo novos truques. Incluindo uma nova área exclusiva para a PlayStation 4, melhores gráficos e, claro, a possibilidade de jogarem com o dispositivo PlayStation VR.

Para quem não conhece este jogo, tem lugar no ambiente de um computador futurista chamado Project-K, onde toda a informação é controlada por Eden, uma Inteligência Artificial que ficou sobrecarregada com a sua quantidade de conhecimento. Esta situação levou a IA a duvidar da sua própria existência e a entrar numa sequência de se auto-desligar. Nós somos um Hacker que terá de guiar o seu avatar para reiniciar Eden de modo a evitar uma enorme catástrofe. Pelo caminho, teremos de eliminar todos os vírus e firewalls que possam interferir no nosso caminho.

O dito avatar move-se por um caminho fixo, mas com a possibilidade de olhar para qualquer ângulo e disparar em qualquer direcção. Na sua essência, Rez é um shooter on-rails, semelhante ao clássico Space Harrier ou até mesmo a Panzer Dragoon. Contudo, o seu grafismo é baseado em vectores e tem provavelmente uma das melhores bandas sonoras que há memória. Todos os seus efeitos de áudio são gerados consoante a acção que está decorrer e o truque deste título está precisamente nessa forma como passa as sensações ao jogador. A combinação da banda sonora electrónica, com efeitos de som digitais e o comando a vibrar é sublime e é capaz de nos colocar numa espécie de transe, sobretudo com o VR colocado. Rapidamente perdemos a noção do que nos rodeia, enquanto tentamos parar Eden de se auto-desligar.

Na acção propriamente dita, podemos marcar os nossos inimigos ficando a pressionar o botão de ataque e, ao largar, o nosso avatar dispara para todos eles em simultâneo. Os combos surgem com o maior número de inimigos debaixo da nossa mira e no local onde fazem o dito Lock-on. Depois de derrotados, os inimigos largam um power-up azul que, quando apanhado, aumenta gradualmente a nossa vida. Coleccionem o suficiente e conseguem evoluir o avatar. Se forem atingidos, a vossa existência regride até ao ponto de desaparecer… “Game Over”.

Apesar de poder ser jogado sem a real necessidade do PlayStation VR, é com o headset que o jogo realmente brilha. A nossa mira, passa a ser controlada com a nossa cabeça, bastando olhar para o nosso alvo para marcá-lo e posteriormente disparar. É fácil, rápido e intuitivo. Mesmo sendo um jogo bastante rápido e com vários efeitos de luz, não tivemos qualquer problema de desorientação ou náusea, fruto também de algum hábito. Contudo, é preciso ter em conta que pessoas com epilepsia, devem ter especial cuidado com este título, por causa dos efeitos visuais e auditivos frequentes.

Apesar de em termos de jogabilidade e aspecto geral ser exactamente o jogo que foi lançado há 15 anos, existem algumas outras diferenças para além de ter sido adaptado à Realidade Virtual. O gráfismo foi revisto, agora em FullHD com 60 FPS e foi adicionado um capítulo intitulado Area X, exclusivo para a PlayStation 4. Este capítulo foi construído com a ajuda do Unreal Engine e é desbloqueado depois de terminarem os cinco capítulos originais. A principal novidade está na possibilidade de controlar livremente o avatar, sem que este percorra um caminho fixo.

Veredicto

De todos os clássicos que a Sony podia ter “desenterrado” para o PlayStation VR, Rez foi certamente uma das melhores opções. É incrível como este Rez Infinite funciona na perfeição com o PlayStation VR, dando mesmo a ideia que foi concebido para um dia chegar à Realidade Virtual. A sua excelente banda sonora dá outro significado à sinestesia – a fusão entre duas sensações, neste caso a visão e audição. É um título muito interessante para perceberem como, por um lado, há clássicos intemporais e, por outro, como alguns jogos ganham outra vida graças ao PlayStation VR.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.