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Análise: Resident Evil Revelations 2

Depois dos mais recentes jogos da série Resident Evil terem ficado aquém das primeiras aventuras da série, vimos como o primeiro Revelations conseguiu equilibrar o melhor dos jogos antigos com as novidades dos mais recentes. Com a sua popularidade, saiu da exclusividade da Nintendo 3DS, sendo lançado para todas as consolas e PC, além de ganhar esta sequela inevitável. Mas terá a Capcom finalmente descoberto a fórmula para um Resident Evil de sucesso? 

Resident Evil: Revelations 2 traz-nos duas personagens bastante conhecidas: Barry Burton e Claire Redfield. O jogo arranca com a filha de Barry, Moira, a ser raptada juntamente com Claire. Ambas acabam aprisionadas numa misteriosa ilha e cabe a nós a tarefa complicada de as salvar. A narrativa irá saltar entre as personagens principais, com Claire a proteger Moira e Barry em socorro da filha.

Este foi o primeiro Resident Evil a ser dividido em quatro episódios, que foram saindo semanalmente em formato digital, numa espécie de série televisiva. O que acabou por funcionar bastante bem, deixando sempre um final entusiasmante para despertar o interesse para o episódio seguinte, alternando sempre entre as personagens. Actualmente já podem encontrar esta versão física que estamos a analisar com todos os episódios. E fiquem a saber que cada um destes episódios pode demorar entre três a quatro horas, sendo o terceiro o mais longo. 

Este jogo apresenta-nos duas novas personagens. Moira, de quem já falámos e que se recusa a usar armas de fogo e a pequena Natalia que irá acompanhar Barry. Natalia é uma menina mais misteriosa e que consegue pressentir onde os inimigos estão, mesmo através das paredes. Também ela não usa qualquer tipo de arma.
Em single-player pode trocar-se entre personagens a qualquer momento, mas é no modo cooperativo que estas brilham. Os jogadores ficam encarregues de cada uma das personagens e, mesmo sem usar armas de fogo, podem contar sempre com um enorme poder de suporte. A Moira, equipada com uma lanterna, é capaz de encadear os inimigos e a Natalia com o seu pressentimento e a possibilidade de ver inimigos invisíveis irá indicar onde estão as ameaças iminentes.  

A mecânica de combate está muito bem afinada. Usa a câmara à semelhança de Resident Evil 5, mas agora com melhor controlo e uma sensação inexplicável de satisfação quando disparamos e atingimos as criaturas presentes no jogo.
Na dificuldade mais acrescida, as munições são escassas e oferece uma acção mais intensa onde cada bala conta e temos sempre cuidado ao virar de cada esquina.  

Revelations, tem ainda uma vertente de RPG, onde podemos melhorar várias habilidades das nossas personagens. Contudo, as melhores opções só estão disponíveis mais para o final do jogo. Também é possível equipar as nossas personagens com armas e algumas modificações que vamos encontrando ao longo do jogo. 

Nota-se que este Resident Evil não teve grande investimento por parte da Capcom. As texturas no geral não estão muito trabalhadas e a maior parte dos locais por onde passamos são repetidos enquanto alternamos entre personagens. Não obstante, como o jogo é feito por episódios, é uma forma inteligente de reciclar os cenários e até funciona bastante bem. Vamos sempre encontrando coisas novas que nos passaram despercebidas da primeira vez que lá passámos.
A Inteligência Artificial também podia ser melhorada, os inimigos mais básicos não oferecem grande resistência. O que não é um grande problema, se pensarmos que são criaturas onde a inteligência não abunda. 

Raid mode é uma das melhores adições deste jogo. Foi inaugurada no primeiro Revelations e permite que um ou dois jogadores percorram vários cenários com o objectivo principal é matar tudo e todos, subir de nível, desbloquear novos bónus e outras personagens para usar e voltar a repetir a dose. É incrivelmente viciante e queremos sempre repetir para desbloquear mais coisas. 

Veredicto

Depois de vários desapontamentos, temos finalmente um Resident Evil digno do seu nome. Ainda há várias aspectos para melhorar, mas a experiência que oferece, tanto em Single-Player como em Co-op, faz com que o pior do jogo seja deixado de lado. A história é competente e como é engenhosamente dividida por episódios torna-se envolvente. As novas personagens são uma excelente adição e mesmo depois de terminar o jogo, não consigo largar o Raid Mode.
Agora sim Capcom, este é o caminho certo a percorrer. Venham mais Resident Evil!

  • ProdutoraCapcom
  • EditoraCapcom
  • Lançamento20 de Março 2015
  • PlataformasPC, PS3, PS4, Vita, Xbox 360, Xbox One
  • GéneroAcção, Survival Horror
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Inteligência Artificial
  • Não tem modo online
  • Podia ter gráficos mais polidos

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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