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Análise: Resident Evil 0 HD Remaster

Em 1996 a Capcom redefiniu o género de terror para sempre quando nos apresentou Resident Evil para a PlayStation. A história de como a ALPHA Team entrou numa misteriosa mansão à procura dos seus companheiros, deixou-nos na memória uma experiência sem igual. Em Resident Evil 0, agora remasterizado, esse sentimento regressa, quando somos colocados imediatamente antes dos acontecimentos do primeiro jogo e na primeira pessoa, acompanhando a BRAVO Team com Rebecca Chambers, a única sobrevivente do incidente.

Resident Evil 0, originalmente um exclusivo da GameCube, recebeu agora uma merecida remasterização para todas as plataformas actuais. Os ângulos de câmara dramáticos, os controlos horríveis e todos os outros elementos que marcaram a série estão de volta neste Resident Evil. Para ajudar, a banda sonora ainda faz um trabalho excelente em deixar-nos irrequietos à espera do próximo susto.
Resident Evil 0 introduz personagens e ambientes mais detalhados mas também novas mecânicas de jogo. Por exemplo, a possibilidade de trocar de personagem em qualquer momento e a possibilidade de largar itens no chão em vez de esperarem que apareça outro o característico baú nas Save Rooms.

A BRAVO Team é enviada para investigar relatos estranhos de canibalismo em Raccoon City. Mas, como é habitual em qualquer Resident Evil, nada corre bem e o helicóptero onde a BRAVO se encontrava acaba por se despenhar. A equipa dá consigo a vaguear pela floresta, até que eventualmente se depara com um jipe militar acidentado e com registos sobre o transporte de um prisioneiro para execução. Rebecca segue as pistas e acaba por entrar num comboio onde todos os passageiros foram devorados por enormes sanguessugas. Enquanto luta para sobreviver, Rebecca encontra Billy Coen, o suposto prisioneiro. Apesar de alguns problemas iniciais acabam por unir esforços.

Enquanto a história se desenrola, ficamos a conhecer melhor Billy Coen, a origem da Umbrella Corporation e o seu horrível T-Virus, capaz de ressuscitar os mortos. Tudo é contado através de cutscenes e pelos documentos que vão sendo encontrados ao longo do caminho.

A possibilidade de trocar de personagem, não é novidade no Resident Evil, mas é a primeira vez que o podemos fazer ao longo de todo o jogo. E será mesmo necessário usar as habilidades de cada um para progredir. O Billy é o típico matulão, muita força e mais resistente aos ataques. Por outro lado, Rebecca apenas tem a possibilidade única de misturar vários químicos. Mas não se iludam, será igualmente importante ao longo do jogo.
Também podem dar comandos à outra personagem e trocar de objectos entre eles. Aqui seria interessante usar esta vertente nos puzzles do jogo, mas o desafio oferecido só requer um determinado objecto que estará perdido nas redondezas e acabam por se sentir como estafetas.

Os controlos toscos dos primeiros Resident Evil estão presentes, mas felizmente e tendo em conta que é uma remasterização, a Capcom deu-nos a possibilidade de trocar para uma versão de controlos mais recentes, onde controlamos a personagem em relação ao cenário ao invés de a controlar em relação ao seu próprio corpo. Contudo, este esquema também traz alguns problemas quando se muda de cena, a perspectiva muda e a direcção da personagem também se altera. Ao todo, existem cinco perfis diferentes para os controlos, é uma questão de utilizarem o que melhor se adequa a vocês.

Graficamente o jogo está muito bem conseguido. Como já disse, todas as texturas e algumas animações foram trabalhadas e as personagens, que já eram detalhadas na GameCube, estão ainda melhores. O mesmo podemos dizer das criaturas, que ficam ainda mais intimidantes com este polimento extra.

A gestão do inventário também é essencial. Serão várias as vezes que terão de decidir quais os objectos que pretendem levar com vocês num inventário de apenas 6 espaços. Para terem noção, só uma pistola e as suas munições, ocupam um terço do inventário. E será necessário transportarem cartões de acesso e outros objectos para resolverem alguns puzzles. Felizmente, é sempre possível deixar os objectos no chão para apanhar mais tarde.

Quando completarem a história principal, em cerca de 12 horas, vão desbloquear vários modos. O primeiro, Leech Hunter, coloca-vos na Umbrella Research Center onde terão de matar todas as sanguessugas, que conseguirem até morrerem. Assim, serão recompensados com bónus adicionais para o jogo principal, como começar o jogo com uma pistola Magnum ou ter munições infinitas. Em Wesker Mode, novidade nesta versão, troca Billy Coel pelo famoso Wesker do Resident Evil 5, incluindo os mesmos poderes, dando a oportunidade de passar o jogo com uma personagem muito mais poderosa, capaz de correr e de usar um olhar maléfico que explode tudo em seu redor… Leram bem!

Veredicto

Resident Evil 0 HD, leva-nos para os acontecimentos antes da famosa mansão, preenche algumas falhas da linha temporal da série e também oferece uma experiência inesquecível. Tudo o que levou o Resident Evil a tornar-se um jogo de culto está presente. Os ink ribbons, o som dos passos… Eu podia ficar aqui a enumerar dezenas de aspectos que me levaram a gostar tanto de Resident Evil 0 como do primeiro jogo da série. Esta é uma daquelas remasterizações em que nos recordam exactamente o jogo original. E agora podem jogá-lo no PC, PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360 e Xbox One.

  • ProdutoraCapcom
  • EditoraCapcom
  • Lançamento22 de Janeiro 2016
  • PlataformasPC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One
  • GéneroTerror
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Inventário muito pequeno
  • Controlos ainda não estão perfeitos
  • Puzzles muito fáceis

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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