Garden-Warfare-2-Solo-Mode

Análise: Plants vs Zombies: Garden Warfare 2

Não se deixem enganar pelo seu aspecto. Podem ser plantas com ar fofinho contra morto-vivos com cores vibrantes, dando a entender que é um jogo que procura um público mais casual. No entanto, revela também que não é preciso violência extrema nem grandes gráficos para ser um shooter divertido e sofisticado. Plants vs Zombies: Garden Warfare 2 é uma excelente surpresa com uma jogabilidade e diversão que há muito não se via.

O segundo título de Plants vs. Zombies: Garden Warfare é maioritariamente um jogo multi-jogador online com equipas de vegetação contra criaturas de pele cinzenta e olhos tresloucados. O primeiro título até nem foi muito bem recebido, talvez ainda tivesse muito próximo do jogo casual para dispositivos portáteis que originou esta série. De um mero mini-jogo de estratégia para um shooter, a transição não foi fácil.

Desta vez a produtora traz-nos um jogo melhor, maior e mais completo, entre todos os seus mapas e modos. No total são 12 mapas onde podem jogar no máximo 24 jogadores (12v12) nos mais conhecidos modos que conhecemos dos jogos deste género. Deathmatch, Domination (sobre o nome Suburbination), Search and Destroy (aqui com o nome Gnome Bomb) e por aí em diante. Os modos são vastos e com tantos mapas que não vão sentir que seja repetitivo.

A grande diferença nesta sequela, caso tenham experimentado o primeiro jogo, é que agora temos um hub para aceder aos vários modos do jogo. É aqui, no Backyard Battleground, que podem escolher e personalizar a vossa personagem. Se decidirem explorar o “quintal”, vão encontrar vários segredos espalhados: tesouros, mini-jogos e até mesmo algumas piadas da produtora.

Uma outra boa novidade nesta sequela foi a adição de conteúdo para jogar “offline”. Apesar de ser desenhado para jogar a solo, porém, não chamaria de um modo campanha. Tanto as Plantas como os Zombies têm um conjunto de missões que nos permitem jogar sozinhos. Mas essas missões não são muitos elaboradas e, na maior parte das vezes, são versões modificadas dos modos de multi-jogador com bots, desta feita sem grande desafio.

Quando finalmente decidirem entrar em combate online, vão dar com vocês com uma panóplia de personagens para escolher. Cada personagem tem a sua classe que, por sua vez, tem três habilidades diferentes. Inicialmente só existem seis classes de cada lado mas, com o decorrer do jogo, acabarão por chegar às 30 personagens. Um número impressionante se tivermos em conta a diversidade mecânica e visual. Cada uma com a sua velocidade, armas, energia e habilidades.

Garden Warfare 2 convida-nos a experimentar todas as classes e não há grande pressão como nos habituais shooters. A morte não nos faz sentir que estamos a deixar mal a nossa equipa e mesmo perdendo a batalha, a compensação é bastante simpática para nos ajudar a desbloquear mais opções de personalização para as personagens. Contudo, há um problema…

É no meio destas classes que surge um grande desequilíbrio no jogo. As plantas no geral têm ataques aéreos e subterrâneos que os zombies não conseguem corresponder. Mas o que me deixa mais irritado é a personagem da Rosa, que irão desbloquear mais lá para a frente. É completamente imbatível, move-se mais depressa que os restantes e o seu ataque principal é devastador, já para não falar nas suas demais habilidades. Há ainda uma versão de gelo que congela os inimigos por alguns segundos, deixando-os completamente indefesos. Claro que é um problema que a PopCap conseguirá facilmente corrigir com uma actualização. No entanto, até esta actualização chegar,  este desequilíbrio frustra muita gente.

Felizmente, à excepção da Rosa, cada personagem tem um adversário à altura. Se estiverem a ser dominados por alguém haverá sempre uma personagem que podem trocar para inverter a tendência. A estratégia torna-se, assim, uma parte importante do jogo e funciona bem por existirem tantas variações. Mas é necessário terem atenção ao progresso das personagens que é independente em cada uma e torna o progresso do jogo muito lento.

Veredicto

Podemos dizer que a PopCap Games acertou em cheio no seu modelo. Provou-nos que não é necessário violência para tornar um jogo cativante e divertido, ao ponto de nos perdermos nas horas a jogá-lo. Precisa de algum trabalho em equilibrar as equipas e um progresso mais rápido também seria bem vindo. A série Plants Vs Zombies é um fenómeno de popularidade que, aliando ao popular género dos shooters, pode ganhar ainda mais fãs. Pode não agradar a todos o seu visual mais infantil, mas a jogabilidade está ao nível de muitos do género. Eu, pelo menos, fiquei viciado!

  • ProdutoraPopCap Games
  • EditoraElectronic Arts
  • Lançamento25 de Fevereiro 2016
  • PlataformasPC, PS4, Xbox One
  • GéneroAcção
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Progresso lento
  • Problemas de equilíbrio

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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