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Análise: Phoenix Wright: Ace Attorney Trilogy (3DS)

Phoenix Wright: Ace Attorney Trilogy é a compilação dos primeiros três jogos da saga Ace Attorney que chegou até nós, pela primeira vez, em 2006 na Nintendo DS, depois de um lançamento no Japão ainda no Gameboy Advance. Não deixa de ser curioso apercebermo-nos de que Ace Attorney foi criado como uma sátira ao sistema judicial no Japão. Nunca o seu criador, Shu Takumi, imaginou que a série poderia chegar tão longe e tornar-se num sucesso de vendas em todo o mundo. 

Esta trilogia já havia sido lançada noutras plataformas (DS, iOS e PC) e aglomera as versões da DS destes jogos, assim como o episódio de bónus do primeiro jogo. Com ele chega ainda um aspecto visual reforçado e tratamento de áudio que melhora a experiência de jogo, já de si excelente.

Uma das séries mais peculiares de sempre no mundo dos videojogos, Ace Attorney traz uma experiência de jogo completamente diferente de qualquer outra. A minha primeira experiência com a série ocorreu quando ainda andava pela universidade, há uma dezena de anos, quando gritava “Objection!” para o microfone da minha DS e esperava que o autocarro chegasse à estação, perante os olhares de espanto dos restantes passageiros. Passei horas orgulhoso a resolver casos e ainda hoje recordo esses momentos com um enorme saudosismo.

Para aqueles que não conhecem a saga, em Ace Attorney assumimos o papel de Phoenix Wright, um advogado com um brutal sentido de justiça. Examinar provas, questionar personagens chave e exigir informação nova são apenas algumas das acções habituais na série que se desenvolve como uma aventura gráfica. Com estes elementos, o advogado mais obstinado do universo Nintendo consegue resolver o mais difícil dos casos e defender os seus arguidos.

Esta trilogia de jogos é como uma excelente obra literária à qual regressamos todos os dias, à procura de mais e mais. E é mesmo nesse aspecto onde a trilogia Ace Attorney melhor ostenta as suas qualidades: a excelente forma como dispõe a sua narrativa em cada um dos casos. Repleto de momentos aliciantes, a experiência é ainda aprimorada pelas personagens cativantes e profundas, cheias de mistérios para descobrir.

Ao nível gráfico, nesta nova versão na 3DS, os três jogos foram modificados com sprites redesenhadas, novos fundos, e suporte ao 3D das novas portáteis da Nintendo. Jogar com o slider do 3D ligado na nova 3DS é obrigatório para ver as figuras de Ace Attorney a ganhar vida nesta trilogia remasterizada. Esta é uma nova experiência na série e altamente recomendável para todos os fãs, face ao baixo custo com que os três jogos chegam ao mercado. Quem ainda não jogou tem também a melhor oportunidade para se introduzir na saga.

Os gritos de “Objection!” alimentam a tensão dos casos em tribunal, enquanto a música acompanha tudo o que se passa. Assim que um momento determinante se desenvolve, a música cresce até chegar ao clímax. Também para esta nova versão na 3DS, a Capcom melhorou significativamente a qualidade do áudio.

Sempre um enorme ponto positivo quando acontece é a adição da hipótese de jogarmos um jogo na sua língua nativa. Algo que acontece pela primeira vez nesta nova edição da trilogia, permitindo ao jogador experimentar os três primeiros jogos de Ace Attorney na versão original em japonês, “Gyakuten Saiban 123 Naruhodo Selection”. No entanto, exigindo que os jogadores conheçam o idioma japonês para conseguirem usufruir de tal experiência.

Veredicto

Esta é a versão que tanto aqueles que já conhecem, como os outros que ainda não experimentaram devem obter. Os três jogos são excelentes e juntá-los todos no mesmo cartucho, a um preço reduzido, é uma pechincha para a tua 3DS. Espera lá! Ainda não foste à loja? Vou apresentar queixa e aí nem o Phoenix Wright te conseguirá safar. Não há argumentos para não conseguires esta trilogia clássica para a tua 3DS!

  • ProdutoraCapcom
  • EditoraNintendo
  • Lançamento9 de Dezembro 2014
  • Plataformas
  • GéneroAventura, Estratégia
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Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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