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Análise: PaRappa the Rapper Remastered

Depois de se estrear na PlayStation em 1996 e ter feito uma breve passagem pela PlayStation Portable, PaRappa the Rapper regressa, agora em alta definição e convicto que irá (re)conquistar os corações dos jogadores. Conseguirá?

Antes dos jogos de ritmo se tornarem populares, a Sony surgiu com este PaRappa the Rapper na primeira PlayStation. Normalmente, é descrito como um jogo de cultom, um pouco devido à sua apresentação peculiar, mas sobretudo por ter inspirado outros títulos conhecidos como Dance Dance Revolution. Agora, 21 anos depois da sua introdução ao mundo, PaRappa está de volta para a PlayStation 4. A primeira pergunta que todos farão nestes casos de reedições ou remasterizações é: Será que o tempo o favoreceu? Convenhamos que este jogo surgiu numa era algo diferente da actual geração. Ressurgir agora tem os seus desafios.

O jogo segue o caminho de PaRappa, um entusiasta de hip-hop que fará os possíveis para conquistar o coração de Sunny Funny. Na sua louca jornada, este protagonista incomum irá ultrapassar os seus obstáculos com canções ao longo de 6 diferentes níveis, cada um com uma dificuldade cada vez mais acentuada. Nesta aventura, vão lançar as vossas “rimas” com uma série de estranhos instrutores, sejam eles de karaté, cozinha ou de condução. O que é certo é que todos partilham um gosto comum: Cantar rap!

Em cada nível, um dos instrutores canta uma frase e o nosso protagonista repete ou diz algo semelhante, mas sempre com o mesmo ritmo. No topo do ecrã é indicado quais os botões que são necessários carregar e o momento exacto para o fazer de modo a pontuar. A performance é classificada em quatro níveis: awful, bad, good e cool (“deplorável”, “mau”, “bom” e “cool”). Cada prestação começa no nível “good” e oscila consoante a vossa performance. Duas frases perfeitas e sobem de escalão, mas se falham duas frases seguidas, também descem de escalão.

Nos níveis mais avançados, será necessário ouvir com atenção as músicas para carregar nos botões ao ritmo certo, a barra superior só irá indicar os botões que são necessários, sem assinalar os tempos. E notem que não devem deixar-se enganar pelo aspecto simpático do jogo. Os níveis finais podem ser absurdamente exigentes e, se por acaso têm problemas de ritmo, vão passar um mau bocado. É tudo uma questão de ouvido e noção de tempos musicais a dada altura.

E quando entrarem na mecânica, até podem marcar pontos extra misturando um pouco o ritmo. Carregar num botão permite a PaRappa cantar qualquer coisa, mesmo que esteja fora do tempo, o que permite um pouco de freestyle ao brincar com o ritmo. Claro que os níveis finais são tão rápidos que não dão tempo para estas brincadeiras e experiências. Contudo, não deixa de ser engraçado quando conseguimos improvisar e ganhar pontos por isso.

O grafismo em si é bastante peculiar. As personagens são apresentadas em duas dimensões e como se fossem cortes de papel e os cenários surgem em três dimensões. Tudo com muitas cores e contrastes coloridos. À excepção do instrutor de karaté e de Sunny Funny, que são representados como uma cebola mal-cheirosa e uma flor, respectivamente, todas as restantes personagens são representadas através de animais. O próprio PaRappa é um cão, mas vão encontrar sapos, escaravelhos e veados. Enfim, todos estilizados como se fossem desenhos animados. Se vos soar a um tom infantil, não estarão sozinhos.

No que toca à remasterização, logicamente que não é muito fácil melhorar grafismo tão simples em jeito de banda desenhada. Mesmo assim, esta versão da PlayStation 4, traz consigo algumas melhorias técnicas, como o suporte para resoluções UHD (4K) na PS4Pro, som melhorado e texturas remasterizadas em ambas as versões. Em termos de conteúdo, está disponível uma versão alternativa das músicas e o comando vibra consoante o ritmo de cada tema. Nada de realmente extraordinário, mas insere o jogo nesta geração de forma competente. E é o que é preciso.

Veredicto

É bom ver o regresso de PaRappa the Rapper, agora todo polido em alta definição. Não fiquem admirados de desligar a consola e continuarem a trautear as suas músicas. Foi um dos pioneiros deste género de jogos de ritmo e um dos poucos títulos que são capazes de nos entreter durante horas sem bater, disparar ou matar um adversário. O que é um feito nos dias que correm, diga-se. Quanto à remasterização, não há muito a melhorar num jogo relativamente simples. Será, sobretudo um jogo para revisitar ou descobrir, mas se não tiverem bom ouvido para o ritmo, vão acabar vencidos em palco.

  • ProdutoraSony Interactive Entertainment
  • EditoraSony Interactive Entertainment
  • Lançamento4 de Abril 2017
  • PlataformasPS4
  • GéneroMúsica
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

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Não Gostámos
  • Dificuldade final requer reflexos de "ninja"
  • Curta longevidade

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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