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Análise: One Piece – Pirate Warriors 3

Foi no dia 28 de Agosto que One Piece: Pirate Warriors 3 tomou de assalto o PC, através do Steam, e as consolas da Sony, PS3, PS4 e Vita. O irreverente Luffy e os restantes membros da sua tripulação, estão de volta para mais uma entrada na série. Série essa que, apesar de refinar a sua jogabilidade ao estilo de Dynasty Warriors, decide novamente recontar toda a história de One Piece.

Assim, um a um, vamos recrutar os vários membros da tripulação de Luffy: Primeiro Zoro, depois Usopp, Nami e Sanji. Sempre a fugir às forças da Marinha, vamos acompanhá-los rumo à Grand Line onde a sua aventura como piratas realmente começa. Lá, vamos dar de caras com uma série de eventos marcantes da história de One Piece e, é claro, vamos encontrar os restantes membros da tripulação: Nico Robin, Chopper, Franky e Brook. Com toda a tripulação reunida e com os vários momentos da Grand Line superados, a viagem de Pirate Warriors 3 leva-nos ao New World (Novo Mundo) que culmina na saga de Dressrosa. Esta saga foi oficialmente concluída na Manga há bem pouco tempo, cerca de duas a três semanas. Muito resumidamente, para não estragar nada da história àqueles que só agora começaram a acompanhar a Manga e/ou Anime de One Piece, vai opor Luffy a Don Quixote Doflamingo.

Tudo isto é muito bom, mas logo a primeira pergunta surge no porquê de um recomeço na história quando já vamos na terceira entrada desta série! Vamos então falar sobre One Piece: Pirate Warriors 3 e ver se conseguimos dar alguma resposta a essa pergunta!

Recomeçar uma história na terceira entrada de uma série é uma jogada de risco. O facto de ter sido lançada em 1997 dá-nos logo a entender que há muito para contar (cerca de 18 anos de conteúdo para esmiuçar) e se tivermos de resumir esse conteúdo a um só jogo, então a coisa tem de ser feita com muito cuidado. Não nos podemos esquecer de que estamos a falar de One Piece, a série Manga mais vendida de sempre, com cerca de 380 milhões de volumes a circularem pelo Mundo inteiro. Se isto não impõe respeito e não faz com que deitemos mãos à obra com algum cuidado, não sei o que fará.

Não obstante, enquanto que muitos reclamaram por causa do recomeço da história em Pirate Warriors 3, eu confesso que fiquei contente. Como apreciador da One Piece, tenho acompanhado a Manga e/ou Anime, alternadamente. Só que no que diz respeito a esta série, confesso que nunca a joguei. Por isso, fiquei contente ao descobrir que, na história deste título, iria encontrar um princípio, meio e fim (já falo sobre o fim).

Pirate Warriors 3 joga-se como o mais puro Dynasty Warriors. Cada missão ou saga disponível no Legend Log, doravante mencionado como modo história, corresponde a um mapa recheado com milhares de adversários que teremos de derrubar. À medida que progredimos no desenrolar da história, esta vai sendo discutida pelas personagens intervenientes, transitando entre cutscenes. Estas surgem num formato muito semelhante ao que podemos encontrar nos livros Manga, só que coloridas, por vezes animados e não podiam deixar de estar acompanhados pelas vozes originais das personagens.

O facto da história ser tão sucinta levou a que vários momentos tivessem de ser omitidos ou, simplesmente, mencionados no resumo que antecede uma missão. Isto, certamente, porque muitos deles foram levados a cabo por personagens que (infelizmente) não fazem parte deste jogo. No entanto, não se preocupem que os momentos mais marcantes da história estão bem presentes.

Mais do que cutscenes, algumas chegam mesmo a ser alvo de cinematics com uma animação impressionante e com uma identidade muito própria, tal como a Cyber Connect tem vindo a fazer nas suas adaptações do universo de Naruto. Aliás, voltando às cutscenes, confesso que, até jogar Pirate Warriors 3, era um confesso opositor a esta forma de contar histórias. O facto é que o trabalho de voz está tão bem realizado que foi para mim impossível não reagir à grande maioria delas. Se algo da história deste jogo me desiludiu, foi a conclusão do último capítulo, exclusivo deste título. Para muitos, a tão esperada saga de Dressrosa. Aqueles que acompanharam a saga até ao final, certamente que ficaram com as suas expectativas em alta. Só que em Pirate Warriors 3 este foi para mim o capítulo que me desiludiu de tão alternativo que é à história original e, mais ainda, por não oferecer qualquer tipo de conclusão. Não vou contar como acaba, claro, mas adianto que em nada se assemelha aos eventos da história original.

Felizmente que não é só da história que depende Pirate Warriors 3. A jogabilidade é refinada e imediatamente variada. Logo no começo, Luffy a primeira personagem que podemos utilizar surge já com um total de 14 combos possíveis. Claro que, com a evolução desta e de outras personagens, o leque de movimentos aumenta, bem como o de habilidades especiais que podemos desencadear sobre os nossos adversários. Para derrotar os nossos inimigos, este título traz para o campo de batalha o sistema Kizuna. À medida que vamos derrubando adversários, há uma barra que enche e a dada altura nos permite chamar um aliado para concluir os nossos combos. Subam a barra mais um pouco e esse aliado fica a combater ao vosso lado durante um certo período de tempo.

Se quisermos, podemos encurtar esse tempo ao executar um ataque especial combinado, capaz de derrubar um enorme leque de adversários. É possível executar uma combinação entre quatro personagens. Só que não nos podemos esquecer que isto é um Dynasty Warriors na pele de One Piece e isso significa muita, mas muita repetição. Todas as missões passam pelo mesmo, derrubar milhares de oponentes iguais, conquistar ou proteger alguns pontos e impedir que os nossos aliados fujam devido à pressão inimiga.

Visualmente, tanto os cenários como a animação das várias habilidades das personagens está muito bem trabalhada e toda a acção que decorre nos vários cenários do jogo é extremamente fluída. Se tive alguma quebra de frames, foi apenas uma ou duas vezes no máximo. O leque de personagens disponível neste título é bastante impressionante, cerca de 37 personagens jogáveis e mais um vasto leque de outras como personagens de suporte.

No modo história, cada missão permite-nos apenas utilizar as personagens que de alguma forma fizeram parte dos eventos que nela ocorrem. Mas não se preocupem que há sempre o Free Log. Aqui podem completar os vários episódios da história com a personagem que quiserem utilizar. Além disso, há também o modo Dream Log. Neste modo terão uma série de cenários aleatórios para completar e é também aqui que irão desbloquear muitas das personagens do jogo. Para que a experiência seja mais aliciante, todos os modos são passíveis de serem jogados localmente com um segundo jogador. Se quiserem podem também juntar-se a amigos e desconhecidos através do modo Online.

Veredicto

One Piece: Pirate Warriors 3 é um jogo para fãs. Quem tem acompanhado os eventos da série original, certamente irá encontrar mais diversão no modo Dream Log, contra uma série de cenários aleatórios munidos da sua personagem preferida. No entanto, o mesmo recomendo a quem começou recentemente a acompanhar os eventos de One Piece. A sua história, apesar de não ser perfeita, oferece um ponto de situação satisfatório com direito a momentos emocionantes. Infelizmente, a jogabilidade, apesar de refinada e de nos conferir variedade pelo leque de personagens disponível, é prejudicada pela inevitável repetição oferecida pelo género.

  • ProdutoraOmega force
  • EditoraBandai Namco
  • Lançamento28 de Agosto 2015
  • PlataformasPC, PS3, PS4, Vita
  • GéneroAcção, Aventura
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Conclusão do último capítulo da história
  • Inevitável repetição oferecida pelo género

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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