NFSRun

Need for Speed: The Run

A Electronic Arts, tem vindo a lançar jogos da série Need for Speed desde 1994, os jogos são lançados quase anualmente, indo trocando entre produtoras e apostando em novas abordagens como foi o caso do Underground ou do Shift. Alguns têm mais sucesso que outros, mas devido à grande legião de fãs da série, o franchise Need for Speed, que já conta com 18 jogos diferentes, é a série de jogos de carros mais famosa e mais premiada do mundo. Consegue vender anualmente milhões de cópias em todo o mundo, tornando uma autêntica mina de ouro para a editora.

Este ano chega até nós Need for Speed: The Run, criado pela produtora BlackBox, uma produtora que já conta com alguma experiência no ramo tendo participado na produção de alguns jogos da série como Undercover, ProStreet, Carbon, Most Wanted, Underground e Hot Pursuit 2. 

História

The Run, ao contrário dos outros jogos da série, segue uma história linear. Uma história que nos coloca no papel de Jack Rourke, que depois de um incidente misterioso no início do jogo torna-se num homem procurado pela máfia. Jack tem uma dívida enorme com esta organização de crime organizado, a razão é desconhecida, apenas sabemos que não possui o dinheiro necessário para pagar a dívida.

Através de uma amiga, que no passado lucrou com as corridas do protagonista, Jack é inscrito num mega evento, com umas dimensões fora do normal, a que chamaram de “The Run”, que é nada mais nada menos que uma gigante corrida que atravessa os estados unidos com o objectivo de ir desde São Francisco até Nova Iorque combantendo mais de 200 adversários, sem regras, sem limites e sem aliados.

O prémio do evento são 25.000.000 dólares, mas para complicar a máfia e a polícia vão fazer os possíveis para que Jack não chegue à meta.

Este é o pouco que sabemos da história, que em momento algum será revelada a razão pela qual Jack é seguido, tornando a história um pouco tosca.

Jogabilidade

Depois de termos ido em frente na primeira curva que nos apareceu por termos tentado controlar o carro como no anterior NFS, percebemos de imediato que não é um jogo arcade como Hot Pursuit. Na verdade, também não é nenhum simulador, mas sim um misto entre os dois.
Os carros respondem como devem, são rápidos e por vezes com algumas escapadelas quando possuem tracção traseira e a condução vai variando consoante a classe que estão a conduzir.

A troca de carros é feita nas bombas de gasolina que surgem durante as corridas, mas tenham atenção porque podem perder vários lugares na vossa classificação.

Esta forma de alterar de carro não nos pareceu muito correcta, para além de sermos penalizados, podemos estar com um dos 120 carros disponíveis que não são de todo adequados para a corrida em questão e temos de o usar até ter outra bomba de gasolina. Neste título também não é possível personalizar os nossos carros, não que seja um problema para nós, mas certamente será para muitos fãs.

O evento em que Jack está inscrito está separado em etapas, toda a corrida é feita num género de non-stop. Existem checkpoints ao longo de cada corrida, sempre que chocamos contra o transito, saimos de pista ou se formos apanhados pela policia somos reencaminhados para o último checkpoint, no total são 5 tentativas. Depois de usar todas as tentativas temos de recomeçãr a corrida.

Durante o evento vamos ganhando experiência, uma função que foi herdada do Shift, consoante as nossas ultrapassagens, uso de “resets” ou near misses, em troca é nos oferecidos carros, backgrounds e icones para serem usados no nosso profile para jogar online.

Os objectivos das corridas vão mudando entre ganhar um certo número de posições na classificação final, tempos limites para chegar a determinados pontos da pista ou chegar até ao nosso adversário no tempo dado e mantermos à sua frente até o tempo terminar.
Em cerca de 3 horas de história estes objectivos foram se tornando cada vez repetitivos e as pistas mais interessantes que contêm destruição contam-se pelos dedos de uma mão.

Para alargar a jogabilidade, ao longo da história vao desbloqueando desafios (Challenges) para re-visitar as grandes paisagens e ganhar novos carros, mas sempre com os mesmo objectivos das história.

A Black box tentou colocar a vertente de acção, nunca vista noutro Need for Speed, colocando o jogador a controlar directamente o protagonista fora do seu bólide, enquanto este foge e espanca polícia, toda a jogabilidade é feita por quick-time events.

Grafismo

Gráficamente o jogo está excelente, criado sobre o motor gráfico FrostByte 2, o mesmo de Battlefield 3!
Com este motor a produtora conseguiu criar excelentes ambientes enquanto percorrermos o mapa de ponta a ponta. Praias, neve ou mesmo o deserto enquanto vemos autênticas rajadas de vento a levar “ondas” de areia, são alguns dos exemplos.

O FrostByte é conhecimento pela a sua capacidade de destruição e em The Run não foi esquecida, existem pistas que tem de se desviar de derrocadas que caem à vossa frente na pista e desviar de uma avalanche ao mesmo tempo que tentam não ser ultrapassados pelo adversário, provocando grandes sensações de adrenalina enquanto jogamos.

Os carros estão igualmente muito bem representados, podem consultar a lista completa de carros aqui, mas fiquem já a saber que existem grandes máquinas, entre as 120, podem conduzir o Reventón, Focus ST, Scirocco, Huayra, entre muitos outros.
Muitos dos modelos são repetidos, sendo edições limitadas dos carros ou por terem algum body kit diferente do original.

Multiplayer

Depois de a polícia ter tentado parar-nos com os seus roadblocks e da máfia ter disparado contra o nosso carro conseguimos terminar o evento em primeiro lugar em menos de 3 horas. Os desafios para além de alguns serem bastante desafiantes também acabam depressa e depois não resta mais nada senão o multiplayer.

Apesar do excelente motor gráfico escolhido, a BlackBox conseguiu também utilizar o famoso Autolog criado pela Criterion e usado nos mais recentes jogos da Electronic Arts como Shift 2 e Burnout Crash!

Mesmo estando na história estávamos constantemente a comparar os nossos tempos com os nossos amigos, mas ao contrário do Hot Pursuit onde o multiplayer só se baseia nos tempos do Autolog, The Run tem corridas em que nos encontramo-mos frente a frente com um advesário humano. Tivémos imensos problemas em ligar-nos a um servidor, estávamos sempre a cair ou por vezes nem conseguiamos entrar.

Veredicto

Apesar de algumas falhas graves, como a duração da história ou os repetitivos objectivos, The Run é um jogo satisfatório para quem segue a série há algum tempo, a vertente de acção misturada com o FrostByte fornece bom tempo de diversão, no entanto não é tão bom como o anterior Hot Pursuit da Criterion, que pelos vistos já está a produzir o próximo Need for Speed para 2012.

  • ProdutoraBlack Box
  • EditoraElectronic Arts
  • Lançamento18 de Novembro 2011
  • PlataformasPC, PS3, Wii, Xbox 360
  • GéneroCondução
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Curto e sem replay value
  • Vários erros de ligação no multiplayer
  • História tosca

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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