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Análise – Luigi’s Mansion 3

O irmão de Mario volta à caça de fantasmas. E desta vez não vai fazer prisioneiros. Será que o terceiro jogo desta série é o melhor de todos? Descubram na nossa análise de Luigi’s Mansion 3, um exclusivo da portátil Nintendo Switch.

Depois de ter começado como um mero “sidekick”, quase um estranho ao lado de Mario, Luigi começou a ganhar cada vez mais protagonismo no panorama das produções da Nintendo. E hoje surge no mais recente capítulo de uma das séries exclusivas mais importantes da consola híbrida. A saga de Luigi iniciou-se em 2001 como um título de lançamento da consola Gamecube. Doze anos mais tarde chegou a sua sequela Luigí’s Mansion 2: Dark Moon como um exclusivo da portátil Nintendo 3DS. E foram precisos mais seis anos para Luigi ser novamente o protagonista de um jogo. Como seria de esperar, continua a ser o mesmo herói improvável que terá de salvar o seu irmão e os seus amigos.

Depois de ser convidado para um hotel de luxo, Luigi parte para umas férias de sonho com o seu irmão Mário e os seus amigos do costume. No entanto, como já devem estar a prever, a viagem rapidamente torna-se num pesadelo, quando King Boo revela que o seu convite era, na verdade, uma armadilha para capturar Mario e companhia. Aprisionados em vários quadros do hotel, Luigi parece ser o único com ímpeto para salvar o dia.

Dada a sua falta de coragem, porém, não pode fazer nada sozinho. Terá mais uma vez o auxílio do professor Strambic para explorar todos os andares deste hotel assombrado e assim libertar os prisioneiros. Também a fantástica arma perfeita contra almas de outro mundo, o Poltergust, não poderia faltar, neste jogo a estrar um novo modelo que agora é capaz de disparar também contra fantasmas.

Deixo aqui um pequeno parêntesis para quem nunca teve oportunidade de jogar um dos títulos de Luigi Mansion. Nestes jogos somos convidados a explorar a mansão assombrada, resolver quebra-cabeças e capturar fantasmas. E esse tal Poltergust, no bom espírito deste jogo, não é mais que um aspirador alterado, que permite sugar e atirar de volta praticamente tudo o que Luigi precisa para salvar o seu irmão.

Neste novo título, no entanto, foram adicionadas duas funcionalidades interessantes. A primeira é a possibilidade de disparar ventosas com uma corda que permite resolver alguns puzzles. E a segunda é o Gooigi. Esta é uma versão verde e pegajosa de Luigi que permite ultrapassar obstáculos para além do alcance do protagonista, como passar por entre grades ou ser sugado para dentro de canos. Só não o deixem tocar na água!

Neste título, o não-tão-corajoso Luigi terá de visitar e explorar os vários andares do hotel conhecido por The Last Resort. Cada um dos andares corresponde a um boss e a um ambiente específico. Ignorando por completo a regras da física e outras tantas de arquitectura, encontrarão andares do hotel com ambientes totalmente díspares, mas muito bem representados. Há andares baseados no Egipto com enormes pirâmides, há outros com luzes e música que nos lembram o clássico “Saturday Night Fever” e um nível totalmente baseado em piratarias.

O objectivo principal é coleccionar uma chave de elevador que permite aceder ao andar seguinte. Mas, obviamente terão de “varrer” o andar actual e derrotar todos os inquilinos feitos de ectoplasma. Assim, Luigi’s Mansion 3 abandona a estrutura dos títulos anteriores para uma aventura bem mais linear de várias etapas. No entanto, a possibilidade de backtracking não foi esquecida e poderá ser necessário voltar atrás para abrir alguma porta ou apanhar algum objecto que antes não estava acessível.

Continuando o caminho traçado por Dark Moon na Nintendo 3DS e aproveitando as características da Nintendo Switch, Luigi’s Mansion 3 enriquece a componente multi-jogador com diferentes modos de jogo. Começando logo no modo história, que agora permite jogar em simultâneo com um amigo, encarregue de Gooigi.

Os demais modos estão completamente separados do modo história. Em Tower of Chaos, por exemplo, é necessário unir esforços com outros jogadores para completar objectivos antes que o relógio chegue a zero. E o modo ScreamPark é um conjunto de mini-jogos competitivos. Poderemos jogar estes modos online ou localmente até um máximo de 8 jogadores com quatro consolas Nintendo Switch.

Por fim, resta-me falar da vertente técnica de Luigi’s Mansion 3 e posso dizer que em termos visuais está muito próximo da qualidade de Super Mario Odyssey, com as suas cores vibrantes, mas com mais detalhes e pormenores que nos deixam com um sorriso na cara. Sem dúvida, este é um dos melhores jogos que a Switch já foi capaz de nos mostrar.

Veredicto

À terceira é de vez! Luigi’s Mansion 3 coloca-se imediatamente na liderança como o melhor jogo desta série. A produtora Next Level Games parece ter encontrado uma fórmula perfeita para dar uma identidade ainda mais vincada a Luigi, ao mesmo tempo que ampliou a aventura, manteve o humor original e arranjou soluções criativas para a jogabilidade. Recomendo vivamente este título a quem possui uma consola Nintendo Switch e gosta deste género peculiar de jogos.

  • ProdutoraNext Level Games
  • EditoraNintendo
  • Lançamento31 de Outubro 2019
  • PlataformasSwitch
  • GéneroAcção, Aventura
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Não é uma mansão...

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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