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Análise: The Legend of Zelda: Majora’s Mask 3D

Quando saiu em 2000 na Nintendo 64, a ideia inicial de Majora’s Mask era seguir a história de Ocarina of Time e aproveitar o mesmo motor de jogo, adoptando assim os mesmos mecanismos. Mas o resultado não podia ter sido mais diferente e formou-se um dos jogos em 3D mais originais de que há memória.

Quinze anos depois, estamos novamente a jogar esta obra-prima com algumas melhorias e numa consola portátil, mostrando não só que o jogo envelheceu muito bem, como ainda é capaz de fazer frente a muitos RPGs de hoje. 

Majora’s Mask arranca logo a seguir a Ocarina of Time. Link voltou ao seu estado jovem e decidiu sair da sua zona de conforto para procurar novas aventuras. Enquanto passeava pela floresta, a sua amiga Epona e a recém conquistada ocarina são roubadas pelo misterioso Skull Kid. Link não se dá por vencido, seguiu-o e acabou por descobrir que Skull Kid, sob a influência da máscara, planeia fazer com que a lua colida com a terra, mais precisamente em Clock Town.

Ao início, Majora’s Mask é um jogo difícil. Depois do arranque melancólico do jogo, Link dá por si em Clock Town, localizado no estranho mundo de Termina, um reino com a ameaça de extinção. A lua está cada vez mais próxima da terra e a colisão está prevista para apenas três dias.

Ao contrário de muitos jogos onde temos limites de tempo, esta é apenas uma falsa ameaça. Depois de passarem os três dias, a lua colide com a terra e Termina desaparece do radar, mas o jogo começa novamente.

É aqui que entra o nosso protagonista, com o objectivo de evitar que Skull Kid leve a melhor em apenas 72 horas. Depois de Link recuperar a sua Ocarina do Skull Kid, pode voltar atrás no tempo tocando a Song of Time (música do tempo) que o leva directamente para o início do primeiro dia, permitindo gravar o jogo e deixar-nos levar o tempo necessário para o terminar.

Viajar no tempo, pode roubar-nos alguns itens. Dinheiro, setas e bombas, são alguns dos mais sacrificados e todo o progresso que tenham feito em masmorras é automaticamente reiniciado. Portanto, terão de resolver os puzzles no período de três dias. Pelo menos até aprenderem a música Flow of Time, com ela podem abrandar o tempo e perder todo o stress das 72 horas.

A trama que se desenvolve pode ser uma confusão para se compreender, a aventura decorre sempre de três em três dias e pelas vezes que irão reviver os dias, acabarão por conhecer os habitantes de Clock Town e todas as suas rotinas. Certos diálogos ocorrem em específicos períodos de tempo e é complicado perceber tudo isto. Felizmente, mais para a frente no jogo, com a ajuda do bloco de notas, tudo fica registado e é mais fácil perceber o que fazer para despoletar diferentes eventos no jogo.

Como qualquer outro jogo Zelda, há masmorras e muitos puzzles. Alguns são variantes do Ocarina of Time, mas um pouco mais complicados. Para além de tudo isto, há ainda as diferentes máscaras espalhadas pelo jogo. Cada uma delas tem uma função diferente e podem melhorar as várias habilidades de Link ou, as mais importantes, transformar o protagonista em diferentes criaturas.

Na Nintendo 3DS o jogo recebeu várias melhorias. Os gráficos foram todos revistos, as personagens estão mais detalhadas e todas as cores estão mais vivas. Em suma, o jogo está mais refinado.

A jogabilidade não passou despercebida e também sofreu uma ligeira alteração que torna a aventura mais moderna mas sem estranhar quem já conhecia a versão original, principalmente quando usado o Circle pad ou, melhor ainda, a New 3DS com o C-Stick para controlar a câmara. É importante referir outra pequena alteração: no jogo original, trocar de máscara era um trabalho entediante mas agora com a ajuda do segundo ecrã, cada uma delas está ao alcance de um só toque, o que permite trocar de máscara bastante mais rápido.

Veredicto

Impressionante, Inteligente e Recompensador. São estes os melhores adjectivos para definir Majora’s Mask. Tem personagens interessantes para conhecer, puzzles de puxar o couro cabeludo, muitas máscaras para coleccionar e uma aventura extremamente diferente do habitual. Com tantos remakes a surgirem a minha frase já se está a tornar cliché, mas a verdade é que é uma excelente oportunidade para relembrar ou mesmo para conhecer um grande RPG.

  • ProdutoraNintendo
  • EditoraNintendo
  • Lançamento4 de Fevereiro 2015
  • Plataformas
  • GéneroRole Playing Game
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Requer habituação com as viagens no tempo
  • Início complicado de perceber

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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