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Análise – Just Dance 2019

O mês de Outubro, para alguns, é sinónimo de Outono ou talvez de Halloween. Para a Ubisoft representa a chegada de mais um Just Dance para voltar a transformar a vossa sala de estar numa pista de dança para meter os vossos amigos e familiares a dançar.

O primeiro Just Dance foi lançado para a Nintendo Wii em 2009. Desde então, o seu lançamento tem vindo a acontecer, ano após ano, sempre com a mesma ambição de oferecer momentos de diversão em ambientes de festa. Contudo, a falta de inovação e de novos modos de jogo, começou a fazer-se notar nestas últimas edições. Atenta a isso, a Ubisoft tem vindo a adicionar novos modos de jogo e um serviço de streaming que dá acesso a várias centenas de músicas através de uma assinatura mensal. Resta-nos saber se nesta edição de 2019 há mais alguma novidade.

Por esta altura, já todos devem conhecer, pelo menos o título. Dada à sua popularidade e uma campanha de marketing competente, Just Dance é já uma marca famosa. Contudo, para quem não conhece, o conceito é bastante simples. Um máximo de 6 jogadores coloca-se em frente à televisão e “mexe-se” em sintonia com a música, imitando os mesmo movimentos que os coreógrafos fazem no jogo. Ou algo próximo disso. A reprodução mais fiel de cada movimento recebe mais pontos e é inevitável que se instale a competição entre todos para ver quem “jinga” melhor.

Os movimentos podem ser detectados com os comandos de movimento (na versão Nintendo, os Wiimote ou Joy-Con, na PlayStation os PS Move) ou através de uma câmara, como é o caso do PlayStation Eye ou com o Xbox Kinect. Caso não tenham nenhum destes dispositivos, podem até jogar com a ajuda uma aplicação dedicada aos smartphones (iOS e Android) que irá ligar-se ao jogo e enviar todos os pormenores da vossa prestação para o jogo, neste caso, recorrendo as sensores de movimento do dispositivo.

Nesta mais recente edição, Just Dance 2019, temos novas músicas, maior facilidade de interacção com o interface e o regresso dos já conhecidos modos Kids, Sweat e World Dance Floor. Sem esquecer a sua grande biblioteca musical, o serviço de assinatura Just Dance Unlimited, que este ano já conta com mais de 400 músicas disponíveis. Quem adquirir o jogo, terá acesso a um período experimental de 30 dias e após esse tempo, o serviço passará a ter um custo de cerca de 4€ por mês. Nada mau, considerando que tenham sempre a casa repleta com familiares ou amigos.

Sobre o jogo em si, começo por elogiar as escolhas musicais para esta edição. Como sempre, a Ubisoft faz os possíveis para trazer músicas de vários géneros e para todos os gostos. A lógica é agradar a um maior número possível de pessoas. Este ano podem contar com a presença de músicas pop como “Finesse” de Bruno Mars e “New Rules” de Dua Lipa, e passar por géneros não tão comuns como o funk brasileiro com “Bum Bum Tam Tam” de MC Fioti, clássicos como “Rhythm of the Night” dos Ultraclub 90 (original de Corona) e sem esquecer bandas de K-Pop como Black Pink e BIGBANG. Como bónus, há ainda uma coreografia de Pac-Man. Ou seja, tudo o que encontrariam numa discoteca moderna.

Uma inovação que muito apreciei, é a melhoria das coreografias. Os mais recentes títulos foram criticados pelos fãs pelas suas coreografias repetitivas, simples e sem grande desafio. Para colmatar este problema, o estúdio francês adicionou versões alternativas de movimentos, que conta com o todo o profissionalismo dos dançarinos captados. A ideia é que consigamos replicar as difíceis versões de “Hardcore” de Mad Love ou “New Rules” da Dua Lipa. Posso já adiantar que estas versões são ideais para quem gosta de desafios de “partir a anca” ou outros ossos mais complexos.

Para o interface, a Ubisoft mudou completamente o visual, optando por uma barra lateral com o objectivo de facilitar a navegação entre as diversas abas. Nelas, o jogador pode depois carregar para aceder a diferentes opções e modos do jogo. Entre as opções, está a habitual lista de músicas, a pesquisa e a possibilidade de aceder às Playlists. Esta última opção é uma novidade, uma vez que permite criar as nossas listas de músicas e também ter algumas sugestões do jogo consoante os registos das nossas prestações. É uma forma mais fácil de conhecer novas músicas e coreografias nas centenas que estão disponíveis.

Sobre os vários modos de jogo, temos os já conhecidos Sweat, um modo que permite o jogador monitorizar a sua perda de calorias com cada música, para além de outras funções relacionadas com actividade física. Temos o modo Kids, onde apenas 8 músicas foram adaptadas para os mais pequenos dançarem. Por fim, temos o também o conhecido World Dance Floor, o modo multi-jogador que permite partilhar o palco com os 120 milhões de jogadores que dançam diariamente com Just Dance. Este modo classifica a nossa prestação com os jogadores que estão online no momento e dançam a mesma música que nós.

Notem que esta nova edição não vai ganhar nenhum prémio de grandes feitos ao nível do grafismo. O visual é bastante simples e mantém o mesmo estilo desde o primeiro jogo. Onde sempre brilha é nas animações das coreografias elaboradas que qualquer apreciador de dança irá gostar. Toda a apresentação visual durante as actuações é de encher o olho, dando ênfase ao espírito de festa que tenta transmitir. Neste campo, a Ubisoft continua a apostar num design arrojado e com um estilo muito próprio.

Apesar de toda esta oferta e aposta na qualidade geral, diria que esta série já foi melhor. O problema não passa pela diversão, sempre presente e que dá o mote ao jogo. Para mim, a grande questão é a falta de novos modos de jogo, algo que traga uma “brisa de ar fresco” à série. Embora a possibilidade de usar o smartphone seja interessante e bastante funcional, não é, de todo, uma novidade na série (apesar da Ubisoft continuar a publicitar o contrário), por exemplo. Nota-se que as ideias começam a faltar lá na produção. E, infelizmente, a cada ano parece só haver uma actualização de músicas num novo título a preço normal.

Veredicto

Just Dance 2019 continua sem qualquer tipo de concorrência. Por isso mesmo, continua a ser o melhor do seu género, caso sejam um jogador casual que goste de festas avulsa ou para aqueles que procuram apenas uma actividade divertida para amigos e familiares. A variedade musical e as novidades presentes são muito bem vindas. No entanto, fica claro que esta falta de concorrência está a fazer mal à Ubisoft. Desde que World Dance Floor e o serviço Just Dance Unlimited foram adicionados, nada tem vindo a mudar. O que faz com que esta edição seja mais uma actualização de conteúdo que outra coisa.

  • ProdutoraUbisoft Paris
  • EditoraUbisoft
  • Lançamento23 de Outubro 2018
  • PlataformasPS4, Switch, Wii, Wii U, Xbox 360, Xbox One
  • GéneroMúsica, Party
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

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Não Gostámos
  • Falta de inovação

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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