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Análise: Farming Simulator 18

Farming Simulator regressa mais uma vez à procura do melhor agricultor. Mas, para variar um pouco da recente oferta, esta versão surge exclusivamente para as portáteis PlayStation Vita e Nintendo 3DS. Metam o chapéu de palha e venham conhecer a nossa quinta.

Incompreendida por muitos, mas adorada por outros, a série Farming Simulator tem conseguido manter uma legião de fãs ao longo de quase uma década de lançamentos anuais. O estúdio GIANTS Software já nos habituou ao seu investimento anual e, a cada nova versão, regressamos à nossa quinta com um claro convite: sermos o melhor agricultor da região, desta vez levando-a para onde quisermos. Sim, até mesmo no autocarro a caminho do trabalho podem semear batatas.

O objectivo é simples. Cuidar do nosso território, expandir o campos de cultivo, fazer amizades com os agricultores da região e juntar o máximo dinheiro possível. Seria exactamente o mesmo, caso fossem os donos de uma quinta. Não há um caminho estruturado a seguir e estamos livres para fazer o que bem entendermos. Este ano, o pano de fundo é no sul dos EUA, onde vamos poder cultivar trigo, milho, beterraba, batatas e outros víveres. Novidade neste jogo são os sempre simpáticos girassóis. Também os animais da quinta vão voltar e, como tal, será novamente possível fazer criação de porcos, vacas ou ovelhas.

No fundo, a oferta é praticamente a mesma de Farming Simulator 2017, com pequenas novidades pontuais. E, tal como nos títulos anteriores, questões como a localização geográfica da nossa quinta, o relevo da paisagem onde se situa, o tipo de clima, o terreno e a própria escolha das plantações a cultivar, farão parte do dia a dia do trabalho de gerir uma quinta bem sucedida. Todo este processo pode ser bastante complexo e, ao nosso dispor, temos vários equipamentos para cada tarefa, réplicas de modelos de verdadeiros fabricantes.

Assim que a colheita é feita, é necessário transportar o nosso precioso produto até à cidade para receber o nosso cheque. Esse dinheiro ganho, deverá depois ser usado para comprar novas ferramentas, melhorar a quinta e claro, encher os veículos com combustível. O problema aqui é que o jogo não indica os passos que devem ser feitos, apesar de parecer óbvio, demorou um certo tempo a perceber a melhor estratégia. Também é a primeira vez que fico responsável por uma quinta, notem.

Alguns encaram Farming Simulator como um jogo relaxante, como o João achou na sua análise a FS 2017. E a verdade é que o jogo deve ser jogado com tempo e com paciência. O ritmo não é muito acelerado e alguns podem até chegar ao ponto de entrar na monotonia. Para combater isso, são-nos dadas algumas tarefas ao longo do jogo que, apesar de serem totalmente opcionais, conseguem quebrar o ritmo de monotonia. E ainda bem, porque não queremos adormecer em público agarrado à consola portátil.

Ao contrário do título do ano passado para as consolas PS4/Xbox One e para PC, não é possível sair dos veículos e deambular livremente pela quinta. Isto acabar por transformar a experiência numa abordagem mais simplificada. Esta opção pode ter sido forçada devido a limitações técnicas, visto que este título só está disponível para a PlayStation Vita e Nintendo 3DS. Contudo, esta alteração para uma consola portátil até é bem vinda e simplifica a jogabilidade, principalmente para os recém-chegados.

Também ao contrário do antecessor onde era possível escolher vários locais da Europa, só existe uma opção para o local onde irão criar a vossa quinta. Esse local é uma cidade no sul dos Estados Unidos onde há uma mistura de muita relva e rochas, dando o aspecto entre uma área quase deserta e um oásis. Fora estas limitações, os jogadores terão ao seu alcance 50 veículos diferentes ao longo de 30 fabricantes reais. Tendo em conta o facto de ser apenas para consolas portáteis, no meu caso na Nintendo 3DS, é impressionante que nenhum dos veículos tem o mesmo som ou jogabilidade idêntica.

Para acompanhar a nossa demanda de agricultor, há uma banda sonora, também ela relaxante, toda ela composta por uma guitarra acústica. O melhor deste aspecto é que a música consegue combinar com a jogabilidade e o ritmo do jogo de forma exemplar. Não se admirem se continuarem a cantarolar a música fora do jogo. Lentamente, com o tal chapéu de palha, já estarão a desempenhar o papel de agricultores na perfeição.

Em termos de grafismo e devido às limitações de cada plataforma, não esperem o melhor que a série já teve. Principalmente se compararmos com o anterior Farming Simulator 17. Os cenários são bem menos complexos e parecem mais despojados de objectos e efeitos visuais. Contudo, tendo em conta as consolas em questão, o jogo é um bom exemplo técnico a nível de modelos dos veículos, interação e até dos efeitos sonoros. Diria que é cumpridor sem nunca deslumbrar, mas também não seria bem o objectivo criar um colosso visual.

Veredicto

Desta vez no trajecto para o trabalho ou algures numa sala de espera, Farming Simulator 18 leva a quinta para onde quisermos, graças à sua portabilidade nas consolas PS Vita e Nintendo 3DS. É um jogo para descomprimir, complexo o suficiente para entusiasmar e muito bem aplicado às consolas portáteis. Tem uma enorme variedade de veículos para aprender a conduzir e uma vertente de gestão interessante. Tudo para manter a quinta activa no nosso bolso. Por falar nisso, tenho de ir tratar da última colheita…

  • ProdutoraGIANTS Software
  • EditoraFocus Home Interactive
  • Lançamento6 de Junho 2017
  • PlataformasVita
  • GéneroSimulação
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Complexo ao início
  • Pode tornar-se algo monótono

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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