Ainda há poucos dias vimos a originalidade dos estúdios japoneses com Tokyo Jungle e desta vez vamos falar de um estúdio americano que acabou de se estrear com um jogo também muito original.
Sedeada na Califórnia, a Giant Sparrow, tem como principal objectivo criar experiências surreais que pessoas nunca tiveram, nem terão a possibilidade de viver e foi exactamente isso que conseguiram com Unfinished Swan, um jogo disponível na Playstation Network e diferente de tudo o que já vimos até agora!
Em poucas palavras, Unfinished Swan é um jogo de pintura em primeira pessoa onde o jogador começa com um ecrã totalmente em branco sem qualquer sentido de orientação, até ao momento que descobre que pode mandar bolas de tinta em qualquer direcção. Desta forma pinta o cenário para se orientar e descobrir tudo o que o rodeia.
A história fala de Monroe, um rapaz que perdeu a sua mãe aos 10 anos de idade. Como herança, o rapaz pôde ficar com um quadros inacabados da sua mãe e o quadro escolhido foi precisamente de um cisne.
Certa noite Monroe descobre que o cisne fugiu e acaba por entrar num mundo imaginário como se tivesse a viver um sonho. Neste mundo, Monroe vê pegadas do cisne por todo o lado enquanto o tenta recuperar, com o decorrer do jogo vai descobrir que este mundo imaginário é afinal um reino criado por um Rei tresloucado. O resto da história é revelado aos poucos ao longo dos níveis, através de pequenos excertos que têm de ser descobertos no cenário.
Curiosidade:
O conceito deste jogo foi criado para um projecto de universidade, mas rapidamente foi financiado pela Sony tal como aconteceu com a produtora thatgamecompany, responsável pelo brilhante The Journey. A Sony chama-lhe um negócio em incubação. Para além de financiar, a Sony fornece um espaço para trabalhar, equipamento e conselhos, neste caso através de um programador da equipa de God of War.
O conceito do jogo é difícil de explicar e por consequência, será difícil de entenderem. Por isso decidi colocar este vídeo, cortesia do Gametrailers.com, que mostra o gameplay do primeiro nível para perceberem a mecânica.
Como podem ver a descoberta do cenário é através do arremesso de tinta. No início é um pouco confuso, não sabemos para onde ir nem sabemos se deixamos alguma coisa importante para trás, mas felizmente os níveis podem ser repetidos as vezes que quisermos. Ao longo dos níveis irão encontrar balões que podem ser trocados por novas “habilidades” como controlar o tempo dando a possibilidade de deixar a tinta a pairar no ar.
Ao progredir no sonho, Unfinished Swan vai apresentando novidades para o jogador explorar com recursos diferentes. Em alguns níveis é possível usar água para regar plantas que vão dar imensa ajuda trepar para progredir.
O som tem um papel fundamental, visto que a produtora tem a intenção de proporcionar a melhor experiência possível no seu jogo. A banda sonora, chamemos-lhe assim, contêm músicas calmas que incentivam a exploração e por vezes é possível desfrutar do silêncio. Balanceando de forma formidável o som ambiente.
Veredicto
Unfinished Swan é um dos jogos mais interessantes que analisei este ano, consegue manter o jogador atento aos mínimos detalhes, no entanto a história é bastante rápida de completar, eu por exemplo demorei cerca de 2 horas a terminar a primeira vez, mas aposto que voltarão a repetir tudo para descobrir coisas que deixaram para trás, tal como eu. Não existe qualquer dificuldade o que me leva a crer que o objectivo principal é mesmo a exploração. Por fim, devo dizer que Unfinished Swan é um jogo que todos deviam experimentar pela originalidade e para conhecer a história de Monroe.
