Mais infoProdutora: SuperBot Entertainment / Santa Monica StudioEditora: Sony Computer EntertainmentLançamento: 21/11/2012Plataformas: , Género:

É inevitável, eu tentei começar esta análise de várias formas, mas acabo sempre por falar como a ideia de Battle Royale é semelhante a Super Smash Brothers da Nintendo. Ambos juntam as melhores personagens dos seus jogos numa batalha frenética e divertida, mas graças a alguma alterações inteligentes, eu não colocaria o carimbo de clone. Battle Royale é como um tributo a todos os fãs da PlayStation e também uma óptima oportunidade de juntar cerca de 20 personagens diferentes num único jogo.

São várias mascotes da Sony que marcam presença e contam com a companhia de personagens de outros títulos, todos eles muito bem interpretados. No entanto acho muito estranho ouvir personagens que têm um versão em português a dialogar com outras que nunca tiveram oportunidade de serem traduzidas. Por exemplo Nathan Drake, muito fluente em português, discute com Raiden no início do combate, cada um com o seu idioma. Mas sem contar com este problema, que eu resolvi muito rapidamente colocando o sistema da Vita e da PS3 em inglês, as personagens foram todas muito bem criadas. Raiden tem aquela velocidade impressionante que podemos ver nas cutscenes de MGS4, Kratos usa as Chains of Olympus tal e qual como no seu jogo, ou seja, cada personagem usa o estilo e personalidade do seu próprio jogo de forma muito fiel.

A mecânica de combate é semelhante a Smash Brothers, existem 3 botões de ataque e cada um tem um movimento diferente dependendo da direcção estão a pressionar no momento. Alguns ataques têm mais impacto, outros servem para contra-atacar e ainda existe o arremesso de objectos. Drake, por exemplo, lança barris explosivos e Sackboy lança objectos electrificados.
Agora a grande diferença! As lutas são ganhas através de mortes que por sua vez só acontecem quando é usado um dos três movimentos especiais que cada personagem possui. Sempre que atacamos enchemos uma pequena barra, presente na parte inferior. No primeiro nível, o ataque pode ser facilmente interrompido ou desviado, o segundo é mais agressivo e o terceiro nível tem pelo menos uma morte garantida.
É nesta situação que passa a existir um pouco de estratégia na arena e não é só pancada de meia noite. É necessário decidir a melhor altura para cada movimento especial e se por acaso atingirmos todos os adversários ao mesmo tempo ganhamos imediatamente a luta. Os pontos são mantidos em segredo até ao fim da luta, o único momento para descobrir quem é realmente o vencedor.
Já joguei com todas as personagens e posso dizer que existe um equilíbrio bastante bom entre as personagens. Algumas possuem estilos diferentes como é o caso de Radec, um combatente excelente em ataques à distância, mas muito vulnerável em close combat, mas nunca senti que alguma personagem seja superior. Não imaginam como é divertido ver o pequeno Sackboy a eliminar o Kratos através de bolhas de sabão.

Todos os níveis são dinâmicos, cada arena referencia dois jogos do vasto catálogo da PlayStation. Por exemplo o dojo do PaRappa the Rapper rapidamente se transforma numa batalha de Killzone. Melhor ainda é como cada nível presta uma homenagem ao seu jogo, Hades de God of War ataca todos os que estão a combater, em LittleBigPlanet vão sendo construidos vários objectos mostrando até o menu PopIt e o cenário de Buzz faz-nos perguntas!
Multiplayer é a parte vital de Battle Royale, o modo campanha pode servir como introdução ao jogo, uma vez que não vão sentir muita dificuldade em acabar o jogo nos graus de dificuldade mais altos, cada personagem possui uma introdução com imagens desenhadas à mão que explica a história de cada personagem no início da campanha. O modo multiplayer, é outra história, é muito mais caótico, rápido, frenético e ideal para evoluir a nossa personagem. Embora existam níveis como se tratasse de um RPG, os níveis apenas servem para desbloquear conteúdos de cada personagem. Ícones, backgrounds, roupas alternativas e muitos outros desbloqueáveis.

É importante referir que quem optar por adquirir a versão PS3 irá receber gratuitamente a versão Vita, é um dos primeiros jogos a tirar partido do Cross Buy. Melhor ainda é a possibilidade de manter o nosso progresso entre plataformas (Cross saving) e usar a Vita como outros comando na PS3 (Cross controller). Não esquecer que também o multiplayer é entre consolas, ao jogarem online nunca irão perceber se ele está numa PS3 ou numa Vita, está realmente muito bom!

Veredicto

Apesar das comparações PlayStation All-Stars Battle Royale tem as suas próprias ideias e fica à altura do seu rival. O sistema de combate funciona bastante bem e é um excelente tributo a todos os fãs da PlayStation que podem agora ver as suas personagens favoritas juntas. Eu por exemplo adorei dar uma valente tareia ao Radec. (Acho que todos sabem como eu o detesto) Em suma é um beat-em-up capaz de divertir qualquer qualquer jogador durante horas, mesmo aqueles que não são fãs de jogos de luta.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.