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PES 2013

Pro Evolution Soccer 2013 é a última aposta da Konami de reivindicar a sua liderança perdida há algum tempo para um grande rival. Com grandes trunfos, como a amada Master League que é mais um vício que uma características, a Liga dos Campeões e pela primeira vez a Série A do Campeonato Brasileiro está presente com Neymar em grande estilo. Só que… há um motivo para este ser o último PES com este motor de jogo. Acusa o peso da idade e não chega para deitar por terra o tal rival.

Acho que já vos tinha dito como odeio a palavra “Soccer”. Já? Pois… O Futebol é muito nosso cá na Europa e prezamos muito a palavra “Football”. Mas deixemos este velho tópico de lado, até porque PES é já uma marca e não uma designação e vamos para a consola para o jogar.

Já não bastava o jogo estar pejado de Cristiano Ronaldo por todo o lado, na caixa, no menu, nos vídeos de animação e até nas introduções das competições, o que até nem é mau porque sou Português e gosto de ver um conterrâneo a ser homenageado, de repente começa a tocar a tristemente célebre música “Ai se eu te pego” de Michel Teló… Começou mal…

Mas vamos a jogo. Depois de uma extensa barragem de definições e opções logo no arranque do jogo, uma personalização que vai até ao nosso avatar online, chegamos ao célebre modo de treino que, como nos jogos anteriores mais parece um concurso de truques de pequenos lances como fintas ou remates em jeito. É importante passarmos por isto para entendermos que PES2013 confia na perícia dos jogadores e não nas tácticas da equipa que passam para segundo plano. Um enorme contraste com outros jogos que é preciso definir com estes treinos.

Mas o jogo em si, vamos lá. É desapontante ver que em termos de características PES não evoluiu muito desde a versão 2012. Diríamos que estruturalmente estamos perante o mesmo jogo que analisámos há um atrás, com uns grafismos diferentes. Os jogadores em campo e respectivas animações, apesar do enorme cuidado em garantir as faces e aspecto físico dos jogadores reais, continuam aparecer artificiais demais com animações cortadas abruptamente e transições irreais.

Mas em termos de jogabilidade a coisa muda e muito. A interacção foi repensada com um forte foco na defesa. Curiosamente vimos aqui muitas semelhanças com FIFA quando os jogadores adoptam uma posição de pressão e bloqueio ao invés de tentar o roubo da bola. Outra novidade interessante é a dinâmica da bola sendo muito menos irrequieta e mais realista. Um ênfase dado também ao guarda-redes faz com que os remates sejam muito mais incertos. O golo custa a aparecer por mais que sejam construídas jogadas elaboradas, a finalização custa a aparecer.

Como em jogos anteriores alguns jogadores chave como Messi, Neymar ou, claro, Ronaldo, foram alvo de escrutínio para serem reproduzidos com fidelidade. É normal em campo vermos o avançado do Barcelona na sua postura cabisbaixa de corrida ou o Brasileiro a desmarcar-se com velocidade.

A nível de interacção temos a introdução de um modo manual de passe e remate que permite apontar para onde queremos que a bola se dirija sem termos de confiar no modo automático. Há também uma série de novos truques como o chuto de biqueira que garante um remate poderoso e colocado ou as cargas simples para tentar roubar a bola e os carrinhos estão ligeiramente mais eficazes (que é o mesmo que dizer que continuam a dar cartões amarelos embora em menos quantidade).

A já mencionada Master League continua magnífica, embora achemos que mais uma vez não se acrescenta nada realmente novo neste capítulo. Continuamos a ser inundados de informações e calendários e menus e jogar continua a ser uma raridade num modo de carreira que se deveria basear no desporto em si, mas acaba por ser aborrecido.

Online o jogo é bastante disputado com as ligas online ao rubro. Claro que é preciso jogar muito e aprender muitos truques de fintas e dribble porque PES continua a ser isso, apesar das alterações à importância da defesa e ao papel do guarda-redes. Online continua a reinar o melhor “finteiro” e o que remata mais. Até podem dizer que são golos que ganham os jogos, nada contra, mas a táctica não tem grande relevância online.

Veredicto

OK! Sejamos claros. Pro Evolution Soccer é um óptimo jogo. O que tem de mau não chega para dizermos que não é um bom jogo. Mas há alternativas melhores. Mesmo os pontos fortes como as competições licenciadas e a Master League não são perfeitos. A Liga dos Campeões não é fiel à realidade com equipas em falta e com calendários gerados automaticamente. A falta de equipas em ligas como a Alemã ou Inglesa faz com que o Borússia de Dortmund não exista ou que o Manchester City seja um “Man Blue”. Reproduzir a actual Liga dos Campeões é virtualmente impossível. Depois são as equipas fictícias nos campeonatos como o Português que só conta com o FC Porto, SL Benfica, Sporting CP e neste ano também com o SC Braga. Um título gasto que para o ano, tudo indica, vai receber um motor de jogo novo. Temos de esperar, porque ainda não é desta que PES nos convence.

  • ProdutoraKonami
  • EditoraKonami
  • Lançamento20 de Setembro 2012
  • PlataformasPC, PS3, PSP, Wii, Xbox 360
  • GéneroDesporto
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Michel Teló já não se aguenta...
  • Falta de uma série de equipas na Champions League
  • Campeonatos falseados com equipas fictícias
  • Não inova nada a nível estrutural

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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