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Assassin’s Creed III Liberation

Uma aposta forte no terceiro capítulo da série Assassin’s Creed, leva-nos à consola portátil da Sony. A PS Vita serve de plataforma para um jogo que serve de complemento ao jogo principal, Assassin’s Creed III Liberation é um jogo com muita ambição, mas o seu papel complementar faz-se sentir.

Assim que pegamos na nossa PS Vita para jogar AC III Liberation apercebemo-nos de um pormenor. Logo no arranque aparecem os logotipos “Animus” e “Powered by Abstergo”. No “lore” de Assassin’s Creed recordamos que o Animus é a máquina que permite aos utilizadores aceder às “memórias” do ADN dos seus antepassados. E Abstergo é a empresa vilã nas mãos dos inimigos dos Assassinos, os famigerados Templários. Ou seja, estamos nas mãos dos inimigos neste jogo, a aceder a memórias de um antepassado.

Esse antepassado chama-se Aveline de Grandpré, uma filha de escravos na América do Norte, a braços com o problema da proliferação dos Colonos Britânicos e a própria escravatura que trata de forma desumana muitos Africanos trazidos para Nova Orleães. Nunca chegamos a saber como é que Aveline se torna Assassina. Nem sabemos bem qual o seu papel na batalha entre Assassinos e Templários. O que é pena, dado que todas as personagens apresentadas na série, Altair, Ezio, Connor e mesmo o próprio Desmond (que nunca é referenciado neste jogo) mostram como se tornaram Assassinos e que papel assumem em toda a estória. Aveline parece um acessório dispensável no enredo total. E mesmo o seu cruzamento com Connor mais à frente no jogo parece importante.

A ponte com o jogo principal é feita com o emparelhamento com a Playstation 3. Logicamente precisam ter uma cópia de Assassin’s Creed III nesta consola também. Em troca, são dadas missões especiais e armamento complementar a Aveline, com destaque para o machado Índio de Connor. Esta funcionalidade, novamente, não confere nenhum desvio nas estórias de ambos os jogos e a interacção entre os dois enredos é como um intervalo das tramas principais.

O jogo em si é deslumbrante, mesmo que não consiga chegar à qualidade do jogo principal, é sem dúvida um dos mais bonitos na consola portátil da Sony. As animações são soberbas, bem ao nível do que estamos habituados. O combate é fluido, o parkour é intenso e eficaz mas, embora poucas, há falhas que nos fazem sentir as limitações da Vita. Por exemplo, a deslumbrante cidade de Nova Orleães merece ser explorada pela beleza e exactidão histórica, mas, talvez por falta de optimização na Vita, existem diversos breaks e quebras de framerate, sobretudo durante combates com muitos agressores ou perseguições rápidas. Adicionem-se problemas sonoros como a frequente quebra de diálogos e ficamos com a sensação que não houve tempo para optimizar este jogo convenientemente.

A nível de características especiais desta versão, o ecrã frontal táctil serve para interagir com os puzzles e menus do jogo e o traseiro serve de complemento a acções como por exemplo rasgar o topo de um envelope de carta. Há também mini-jogos que ficam disponíveis mais à frente no jogo de compra e venda de bens que distraem do jogo principal. Aveline possui três “Personas” diferentes. Entre a donzela de classe que pode iludir os adversários com charme, a escrava que pode misturar-se com a população com facilidade e a Assassina que acaba por ser mais furtiva e rápida. Estas personas podem ser trocadas entre si em locais assinalados na cidade. Por fim, outra novidade é o modo “touch to kill” onde com um só toque no ecrã, Aveline pode matar os adversários da forma mais eficaz.

A nível dos modos multijogador, esta versão aproveita o modo “Near” da PS Vita para encontrar e trocar bónus entre jogadores. O modo competitivo coloca Assassinos contra templários via PS Network numa espécie de jogo de cartas em que colocamos os nossos soldados por todo o mundo num combate indirecto tipo jogo do Risco. É interessante e faz passar o tempo, mas acaba por se tornar repetitivo e fica longe da experiência multi-jogador da série.

Veredicto

Não é um jogo brilhante. Falta-lhe carácter. Falta-lhe profundidade Histórica. Não conta a História da guerra entre Franceses colonizadores e os nativos ou a libertação dos escravos no sul da América do Norte como devia. E como a série sempre soube juntar os factos históricos com o enredo, acaba por ficar aquém do que esperávamos. Mesmo assim é um jogo agradável que parece puxar a Vita aos seus limites… mas esbarra-se por vezes… E tendo em conta que é algo repetitivo nas suas missões e que é incrivelmente longo, pode acontecer perdermos o interesse em jogá-lo até ao fim.

  • ProdutoraUbisoft Sofia
  • EditoraUbisoft
  • Lançamento31 de Outubro 2012
  • PlataformasVita
  • GéneroAventura
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Problemas técnicos de optimização
  • Enredo fraco e sem grande profundidade
  • Missões repetitivas

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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