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Análise: Everybody’s gone to the Rapture (PS4)

Uma simples vila rural no meio do Reino Unido é o cenário deste videojogo pós-apocalíptico onde toda a gente desapareceu por razões ainda por descobrir. Everybody’s gone to the Rapture, um título com enorme ênfase na narrativa, é um exclusivo PlayStation 4 pelas mãos do galardoado estúdio The Chinese Room, responsável por Dear Esther e Amnesia: A Machine for Pigs e chega já no próximo dia 11 de Agosto.

https://www.youtube.com/watch?v=8z8qv6qhhAY

Na pequena vila de Yaughton não se vislumbra vivalma, toda a gente desapareceu num misterioso acontecimento. Quando? Como? E porquê? Serão estas algumas das perguntas que procuraremos responder, através do ponto de vista de várias personagens à medida que vamos construindo a narrativa e percebendo o que levou ao “Rapture”. Enquanto vagueamos pela pequena comunidade rural britânica, vivenciamos os acontecimentos que já ocorreram no passado, através de raios de luz e distorções no cenário. As vozes do passado surgem também através dos rádios e telefones espalhados por Yaughton. Pelo belo cenário silencioso somos guiados por uma luz, enquanto experimentamos esta história interactiva que é, sem dúvida, mais do que um mero videojogo.

Este título é muito mais do que um ‘walking simulator’, como por vezes os jogos deste género são alcunhados por esses fóruns afora. A jogabilidade é, efectivamente simples. Vagueamos pelo cenário, abrimos portas e ligamos luzes. Ouvimos telefonemas, emissões de rádio e ainda temos acesso a pequenas interacções com as “luzes” através do sixaxis do DualShock 4. A experiência de Everybody’s gone to the Rapture não dura mais do que umas meras quatro a cinco horas, mas são momentos que não esqueceremos. Certamente este será um dos melhores jogos a chegar à consola da Sony em 2015, a fazer de alguma forma lembrar o lançamento de Journey em 2012. Curto, comovente e simplesmente impressionante.

Os cenários britânicos realistas, a atmosfera humana, as excelentes texturas, as condições atmosféricas e a banda sonora genial são todos eles factores que elevam este título do estúdio The Chinese Room a muito mais do que um mero “walking simulator“. Yaughton absorve-nos, comove-nos e torna-nos parte integrante daquela comunidade rural. As personagens são muito humanas, vulneráveis e facilmente nos relacionamos com elas. As suas deixas possuem textos maravilhosamente bem escritos, com frases que nos ficam na memória. Pessoas normais como qualquer um de nós, numa situação completamente fora do normal.

Um último parágrafo para uma banda sonora completamente genial. Excelentes vozes, excelente orquestração com pormenores polifónicos simplesmente deliciosos e ainda com pequenos pormenores de Mozart. Em alguns momentos lembra-nos a igualmente brilhante banda sonora de Bioshock Infinite. Como se o aspecto visual ou a forma como a narrativa é contada de forma brilhante não chegassem, ainda temos direito a uma das mais brilhantes orquestrações para videojogos. Depois de Everybody’s gone to the Rapture, o standard das bandas sonoras para videojogos voltou a subir.

Veredicto

Everybody’s gone to the Rapture embrulha-nos num misterioso Apocalipse, onde queremos sempre descobrir mais sobre o que realmente aconteceu. Uma excelente narrativa, repleta de momentos comoventes que me deixaram, em alguns momentos, à beira da lágrima… E eu não me emociono facilmente! Joguem com headphones para desfrutarem da excelente banda sonora, apreciem o cenário pitoresco da vila de Yaughton, e deixem-se envolver no videojogo pós-apocalíptico mais belo que alguma vez vão jogar.

  • ProdutoraThe Chinese Room, SCE Santa Monica Studio
  • EditoraSony Computer Entertainment
  • Lançamento11 de Agosto 2015
  • PlataformasPS4
  • GéneroArte, Aventura
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  • Longevidade curta mas será que precisamos de mais?

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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