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Análise: Donkey Kong Country Tropical Freeze (Wii U)

Donkey Kong está de volta com um título extra longo mas, à primeira vista, parece ser apenas uma actualização HD do anterior jogo da Wii. Por isso, pode parecer que pouca coisa mudou nesta nova aventura e que, de alguma forma, seja um factor negativo. Antes pelo contrário, já que o seu antecessor brilhou em todos os campos. Grande parte do jogo vai parecer familiar aos veteranos mas DK e os seus companheiros aprenderam alguns truques novos para pôr fim à nova ameaça da legião de invasores antropomórficos. Com um toque Viking, que veio congelar todo o clima e mais importante ainda, todas as bananas, o título enorme tinha de se justificar, não?

Donkey Kong e Diddy Kong recebem o apoio de velhos e novos parceiros, Dixie Kong e Cranky Kong, dando variedade à mecânica de jogo. Onde outrora o jogador apenas via o uso de Diddy como uma expansão das habilidades de Kong, com a sua capacidade para aguentar mais tempo no ar, agora terá mais duas habilidades à escolha que, dependendo da situação, poderão ser mais úteis que outras. Cranky Kong usa a sua bengala para fazer Kong saltar mais alto e ultrapassar pisos adversos, muito ao género do Tio Patinhas em Ducktales. Dixie Kong oferece-nos um rabo de cavalo helicóptero que nos permite saltar ainda mais longe que com Diddy mas com menos precisão. A mecânica de sopro foi substituída pela habilidade de Kong puxar ou arrancar pregas do solo. Sinceramente, faz mais sentido assim, não só para a temática, como para o dinamismo do jogo. Estas novas habilidades dão-nos mais flexibilidade para resolver determinados níveis. O jogador vai querer usar estes talentos específicos que cada personagem emprega, embora não sejam necessários para alcançar o final de cada nível de forma ilesa. São, no entanto, essenciais para descobrir as inúmeras peças de puzzle, as várias letras “Kong” e outros segredos, a que já nos habituamos no jogo anterior. Mesmo para quem queira deslizar por todos os níveis vai ficar tentado a começar a tentar completar cada nível a 100% e sim, “começar” é o termo correcto porque assim que a dificuldade começa a aumentar, vão dar por vocês sempre a recomeçar os níveis.

Exactamente como o seu antecessor, Tropical Freeze não leva muito tempo a apresentar os seus reais desafios. Chegar ao final de certos níveis inteiro pode ser uma tarefa difícil e executar a mesma tarefa enquanto localizamos e obtemos todos os segredos de difícil alcance vai, sem dúvida, testar a habilidade do jogador, bem como a sua paciência. O jogo pode ser desafiador, mas nunca é injusto. Se falhamos naquele salto é porque temos de melhorar. Nunca sentimos que o controlo não é preciso ou que esta ou aquela parte seja impossível. Logo de imediato sabemos o que fazer para ultrapassar o obstáculo ou sequência. Agora, consegui-lo é outra história que exige treino, muito treino. Com uma vasta gama de opções de controlo que permitem ajustar o teu layout de botões, ninguém pode culpar o controlo de jogo. Podemos jogar com o Wiimote e Nunchuck, WiiU Gamepad e WiiU Pro Controller. Tudo isto na TV ou apenas no Gamepad em off-play.

Para além de todos os extras e desbloqueáveis, Tropical Freeze ainda oferece, para aqueles com uma necessidade de velocidade, um modo time attack que desafia o jogador a completar cada nível no melhor tempo possível. Ganhar qualquer medalha, mesmo bronze, requer um sólido domínio da mecânica e memorização da disposição de cada nível. Exactamente como no seu antecessor mas com uma nova adição: o jogador pode carregar o seu melhor desempenho nos leaderboards online a fim de comparar com outros jogadores, permitindo ainda assistir aos replays.

O único senão de todo o jogo é que ficamos com a sensação que é tudo mais do mesmo. Algo óptimo para quem adorou o título anterior e não gosta de novidades. Para além dos novos níveis aquáticos das 2 personagens novas e do facto de Kong ter mesmo pêlo, pouco mudou ou ajudou a empurrar o género de plataformas para a frente. Apesar de uns bons gráficos a correrem nuns sólidos 60 fps, sente-se que algo mais poderia ter sido alcançado. Deixar de parte a interacção com o gamepad foi uma opção inteligente da Retro Studios, visto que não é obrigatório inserir essa interacção quando não se justifica. Os novos níveis aquáticos revelaram-se uma excelente adição visto que são bem implementados e acrescem ao factor exploratório. Também servem para quebrar um pouco com o mito que os níveis aquáticos nos jogos de plataformas são sempre maus.

Veredicto

Donkey Kong Tropical Freeze não foge ás expectativas de ser um dos melhores jogos de plataformas de sempre, com uma excelente banda sonora (com o compositor original de volta), enorme conteúdo, modo multi jogador, leaderboards, Bosses criativos, controlos precisos. Tudo isto com uma atenção absurda ao detalhe com uma banana no topo.

  • ProdutoraRetro Studios
  • EditoraNintendo
  • Lançamento21 de Fevereiro 2014
  • PlataformasWii U
  • GéneroPlataformas
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

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Não Gostámos
  • Pouca inovação

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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