destaque

Análise: Demon Gaze (PS Vita)

Mais um jogo que chega do país do sol nascente pelas mãos da NIS America e que promete agradar aos mais saudosistas por RPG’s ao estilo clássico de Wizardry.

Demon Gaze é um JRPG de exploração de masmorras na primeira pessoa ao estilo Wizardry, um jogo que também inspirou o mais recente jogo independente Paper Sorcerer. Assente em premissas de jogabilidade capazes de deixar qualquer fã da velha guarda dos role playing games japoneses em ponto rebuçado, Demon Gaze é um jogo simples cuja complexidade vai aumentando à medida que vamos avançando na história.

A nossa personagem é um Demon Gazer, um ser capaz de capturar as almas dos demónios e usá-las para seu benefício durante as batalhas. A narrativa vai crescendo mas, apesar de alguns clichés nipónicos menos bem conseguidos abordando temas sensíveis na cultura europeia, a verdade é que chega a agarrar o jogador o suficiente para o motivar a avançar até território nunca antes explorado por um Demon Gazer.

Partimos à aventura, enquanto procuramos equipamentos que nos tornem mais fortes, ganhamos níveis e lutamos até precisarmos de voltar ao inn para recuperar vida, vender os excedentes e ressuscitar quem tiver morrido. Os membros da nossa equipa são criados e não fruto de um encontro a dada parte da história. Também o combate é simples e explicado no início do jogo funcionando na mecânica clássica do género por turnos. Para ajudar na fórmula de Demon Gaze, os menus de jogo são intuitivos assim como os controlos durante toda a experiência.

A mecânica de captura de demónios e saber tirar partido deles nas batalhas é a peça que distingue Demon Gaze dos restantes títulos no género. A sua utilização está dependente da barra de demónio que limita os turnos nos quais os podemos ter activos. Transcender esse limite significa que o nosso demónio entrará num estado de fúria e atacará tanto inimigo como amigo de uma forma devastadora. Por isso, é importante ter em atenção a barra para evitar que tal aconteça. Por cada demónio equipado temos direito a determinadas habilidades especiais como a capacidade para descobrir portas e objectos secretos ou a capacidade de resistência a determinados ambientes.

A nível gráfico, Demon Gaze é do mais simples que existe e pode, por isso mesmo, afastar muitos jogadores logo a início. As animações das personagens são praticamente inexistentes e assentam directamente em cenários estáticos. Também a banda sonora é fraca, chegando a ser irritante sobretudo no ecrã inicial que, inevitavelmente, vamos ouvir algumas vezes quando perdemos e somos directamente teleportados para o menu inicial.

Como é habitual nos jogos importados pela NIS America, temos a opção de escolher a língua em que queremos as vozes do jogo: o original em japonês ou a dobragem em inglês. A minha preferência pessoal segue sempre para o original no género JRPG’s com algumas excepções como foi o caso de Ni No Kuni: Wrath of the White Witch. Em Demon Gaze, as vozes em japonês são fantásticas e prevalecem sobre a dobragem.

Veredicto

Este dungeon crawler japonês ao estilo de jogos da velha guarda como Wizardry pode não ser convidativo para aqueles alheios ao género pelos grafismos demasiado simples e uma banda sonora fraca. No entanto, os fãs do estilo possuem aqui uma excelente alternativa, carregada de nostalgia, num jogo cujo gosto cresce dentro de nós à medida que avançamos na sua narrativa. A mecânica que introduz os demónios durante as batalhas é o aspecto mais original em Demon Gaze e contribui para que cada batalha nunca seja igual. Aprender a lidar com a barra de utilização dos demónios durante as batalhas é a chave para o sucesso neste jogo e para poder desfrutar dele no seu máximo esplendor.

  • ProdutoraKadokawa Games
  • EditoraNIS America
  • Lançamento22 de Abril 2014
  • PlataformasVita
  • GéneroRole Playing Game
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Animações fracas
  • Banda sonora irritante

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

Comentários