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Análise: Costume Quest 2 (Wii U)

Foi no dia 30 de Novembro do ano passado que chegou às nossas salas Costume Quest 2. Seguindo os eventos do seu antecessor, uma vez mais, os irmãos Wren e Reynold precisam de salvar o Halloween ou a Noite das Bruxas, como por cá lhe chamamos. Infelizmente, aquando do seu lançamento não nos foi possível trazer esta análise. Mas, claro que não podíamos descartar a possibilidade de vos falar sobre esta “deliciosa” aventura. 

No que diz respeito à história, em conjunto com os seus amigos, os gémeos Wren e Reynold terão de salvar o Halloween das garras do malvado Dr. Orel White. Farto desta festividade que tanto incentiva o consumo de doces e que tantos dentes estraga, este dentista decide aliar-se a um poderoso Feiticeiro do Tempo. Juntos, lançam sobre o mundo uma série de perigosas criaturas chamadas Grubbins (uma espécie de orcs). O objectivo é muito claro: acabar com o Halloween de uma vez por todas. Logo no início do jogo, um portal abre-se e dele saem dois amigos de Wren e Reynold, agora adultos. Vêm do futuro e no seu tempo o mundo não é como os nossos protagonistas o conhecem. Numa espécie de ditadura em prol de dentes brancos e perfeitos, Orel conquistou praticamente o mundo inteiro e, claro, que foi abolido o Halloween. Cabe aos nossos heróis viajar no tempo e impedir que tal catástrofe se abata sobre o mundo.

Apesar do cariz infantil da história, a Double Fine fez um belo trabalho neste campo. Repleta de bom humor, sempre descontraída e com uma narrativa bem sólida na sua meia dúzia de horas que tem para oferecer, Costume Quest mostra-se capaz de entreter tanto à malta mais nova como aos mais crescidos. Sempre dentro da mesma temática, vamos explorar uma série de cenários, batendo de porta em porta, ao bom jeito do “doce ou travessura”. Vamos encontrar aliados que se juntam à nossa causa e que nos vão ajudar a combater contra as forças que insistem em impedir-nos de salvar o Halloween.

Quando enfrentamos um monstro, as nossas personagens encarnam a personagem na qual estão disfarçadas. Com fortes inspirações no género RPG, vamos ter à nossa disposição uma série de ataques que teremos de desencadear sobre o nosso adversário. Só que, muito à semelhança do que acontece em South Park – the Stick of Truth, um sentido de Timing faz toda a diferença. Ao seleccionarmos um ataque, surge por cima do nosso alvo um botão que teremos de pressionar. Se o fizermos na altura certa, isto garante que infligimos o maior dano possível. Uma vez que nem sempre vamos combater contra pequenos lacaios, esta é uma mecânica à qual terão de se habituar rapidamente para que possam resolver da melhor forma os encontros mais complicados.

Apesar de ser um jogo, mais virado para o público infantil, o combate oferece mais algumas complexidades, como cartas que quando utilizadas em combate conferem certos benefícios à nossa party durante o encontro. Além disso, cada personagem pode também desencadear um ataque especial, todos eles dignos de serem vistos. Só é pena que a receita do combate pouco ou nada inove. Com a evolução das nossas personagens, também o jogo faz questão de nos acompanhar, é certo, mas com o passar do tempo é inevitável perder a sensação de novidade.

Este é um jogo simples e uma óptima introdução ao género RPG tanto para os mais novos, como para quem pouco explorou o género. Agora os veteranos que estão à procura do desafio das suas vidas, escusado será dizer que não é aqui que o vão encontrar. Aqui vão encontrar felicidade e diversão sempre de mãos dadas com uma óptima narrativa. Uma vez mais digo que não se deixarem enganar pelo seu cariz infantil.

Quanto ao grafismo, o destaque vai para as versões PS4, Xbox One e PC mas não deixa de ser cativante também na Wii U. Os cenários são ricos, é certo, mas, às tantas, cansa tanto Halloween. Há também várias missões secundárias que podemos aceitar, mas aqui surge o problema de algumas delas acabarem por não ser tão interessantes e outras pecarem por não serem tão bem explicadas quanto o desejado. Se conseguirem contornar estes aspectos, então podem encontrar em Costume Quest 2 uma maior longevidade. Na sua versão para a consola da Nintendo é pena que as capacidades do Gamepad não tenham sido exploradas. Basicamente, o que nele vamos encontrar, é uma imagem da área onde estamos. Pelo menos, muda de área para área, pelo que podia ser pior.

Veredicto

Costume Quest 2 é para ser levado com o espírito divertido que a temática do Halloween oferece. Não é, de todo, o mais sério dos RPGs e, se é disso que estão à procura, não será neste título que o vão encontrar. Agora, se são fãs desta festividade e se procuram um RPG com uma boa história, mesmo que algo infantil, é capaz de vos prender durante umas boas horas, com combates bem originais. E, por isso, talvez queiram debruçar-se sobre este título.

  • ProdutoraDouble Fine Productions
  • EditoraMidnight City
  • Lançamento30 de Novembro 2014
  • PlataformasLinux, Mac, PC, PS3, PS4, Wii U, Xbox 360, Xbox One
  • GéneroAventura, Role Playing Game
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Algo repetitivo
  • Missões secundárias desinteressantes e outras mal explicadas
  • Não foram exploradas as capacidades do Gamepad da Wii U

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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