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Análise – Chimparty (PlayLink)

Imagino que ser coroado como o “Rei da Liana”, não seja o maior objectivo de alguém. Mas, em Chimparty é sinónimo de ser… o macaco vencedor. Este é o novo título da série PlayLink que, juntamente com Saber é Poder: Gerações, arranca a temporada de Inverno.

Para quem não conhece, o PlayLink é uma série de mini-jogos para a PlayStation 4, em que o comando é trocado por um dispositivo móvel. A ligação com a PS4 é feita com aplicações específicas, disponíveis para iOS e Android. É a forma ideal de juntar família e amigos para sessões de jogos mais simples e rápidas. Uma coisa é certa, para os menos experientes com DualShock, será mais fácil jogar com o seu telemóvel. E este jogo é particularmente divertido nesta lógica mais descontraída.

Depois do anterior Frantics, a produtora NapNok Games regressa com mais um título para esta plataforma. Traz algumas semelhanças com o seu primeiro jogo, como a possibilidade de jogar com um máximo de 4 jogadores e pelo facto de colocar até o menos experiente nestas lides a jogar como um “profissional”. No entanto, há um clara diferença em relação a esse outro jogo da raposa.

Chimparty, abandona por completo os mini-jogos que davam uso ao acelerómetro dos telemóveis e concentra-se unicamente em actividades que necessitam de um só botão. Usando apenas esta premissa, é curioso ver como a produtora conseguiu realizar dezoito mini-jogos diferentes em mais de 90 níveis. Es estes, estão espalhados por cinco ambientes diferentes, que vão desde um navio de piratas, aos clássicos castelos assombrados por fantasmas.

O simples pressionar do botão, aliado com a temporização e o calculo das distância, permite que existam várias possibilidades e interacções. Os mini-jogos não são complexos, longe disso. No entanto, são capazes de entreter jogadores de todas as idades e ainda arrancar algumas gargalhadas no meio da macacada. Ou seja, encaixam perfeitamente no conceito do Playlink e dos jogos mais casuais.

Por exemplo, existe um mini-jogo que coloca os participantes a jogar uma espécie de voley, onde o simples botão fica encarregue de impulsionar o pequeno símio para o ar. A direcção é orientada através de uma seta presente no próprio macaco, que está em constante movimento. No momento emque pressionam o botão, estabelecem a sua direcção. O objectivo neste jogo específico, é não deixar que a bola caia do nosso lado do campo, ao mesmo tempo a tentar ao máximo que isso aconteça no lado dos adversários. Simples.

Este e os outros mini-jogos, passam-se em tempo real e misturam as lógicas que já mencionei para, na maior parte das vezes, mandar o pobre macaco pelo ar para apanhar objectos ou embater em determinados locais para ganhar pontos. Pode parecer demasiado simplista mas, em virtude da competitividade baseada em controlos tão limitados, torna-se fácil de aprender e apreciar. Como se não bastasse, também a sorte conta, se calhar mais que a habilidade, o que produz desfechos inesperados em que os menos experientes acabam mais vitoriosos. Isto é, claramente intencional.

É possível passar por todos os mini-jogos presentes neste título de forma aleatória através do modo principal, intitulado de “Jogo de Tabuleiro”. Aqui, os quatro jogadores vão competir entre si para chegar até à última casa, passando pelos vários mini-jogos dispostos em casas num tabuleiro. Mesmo que joguem só duas pessoas, os restantes macacos serão controlados pela Inteligência Artificial. No final, é atribuído um certo número de estrelas consoante a prestação de cada um, essas estrelas são depois convertidas no número de casas que os jogadores vão avançar. Entretanto, o último classificado tem o privilégio de lançar um dado que lhe dará mais possibilidades de mudar a sua posição. Como o vencedor nunca é previsível, dado o elemento de sorte predominante, pode não satisfazer os jogadores mais competitivos.

Há ainda uma variante solitária deste título. A pensar nos que querem melhorar a prestação ou no caso queiram jogar sozinhos, existe um modo que permite escolher uma série de mini-jogos para serem jogados em sequência. Em contrapartida pela vossa dedicação, este modo tem um sistema de progresso, que oferece pequenas mudanças estéticas para o vosso macaco.

Uma interessante característica deste jogo é que o nosso progresso é gravado directamente no telemóvel. Caso o joguem em casa de outra pessoa, por exemplo, terão com vocês todos os objectos que desbloquearam anteriormente lá em casa. Esta funcionalidade vale o que vale, dando-nos alguma sensação de pertença. Contudo, dada a informalidade do jogo, transferir o progresso não tem muita validade na casa dos amigos. Até porque, como já disse, até  que pega no jogo pela primeira vez pode ganhar ao veterano com muitas horas.

Em termos visuais, a produtora optou por usar a mesma estética de Frantics. Isto significa que, tal como esse seu antecessor, vão ter um jogo repleto de cores brilhantes e modelos que parecem ter sido criados com plasticina. Devo dizer que, em termos de design, os símios são menos carismáticos que a raposa desse outro título. Contudo, são bem mais divertidos de ver em acção. A produtora mostra como se divertiu a criar estes macacos irrequietos. E a PlayStation 4 agradece a simplicidade gráfica que lida sem quaisquer problemas.

Veredicto

Chimparty está entre os jogos mais simples e divertidos que joguei na série PlayLink. Embora não seja tão brilhante no ponto técnico que outros jogos, é de louvar as ideias que a produtora teve para os seus mini-jogos. Melhor, consegue uma acessibilidade pouco comum, graças ao controlo feito por um único botão. Torna-se um jogo ideal para todas as idades e todas as experiências e vontades. Considero mesmo que o alvo principal desta produção serão os “não-jogadores”. Aqueles que vão lá a casa e querem sempre jogar algo “que não dê trabalho”. Vocês sabem quem são…

  • ProdutoraNapNok Games
  • EditoraSIEE
  • Lançamento14 de Novembro 2018
  • PlataformasPS4, PS4 Pro
  • GéneroArcade, Party
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Sem pontuação

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  • A sorte predominante pode não ser justa

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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