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Análise: Angvik (PC)

O sucessor espiritual de Ghosts n’ Goblins chega ao Steam com a pesada herança de um clássico adorado por muitos. Será este indie capaz de suportar este fardo? A análise WASD acontece aqui e agora.

Abrir caminho em direcção a um jogo de Angvik deve ser encarado da mesma forma que uma missão de vida ou de morte. Com a mesma seriedade e concentração, já que qualquer erro ou escorregadela significa a morte e o regresso ao princípio do jogo. Angvik não perdoa.

Ainda assim, não deixa de haver um sentimento saudosista quando embarcamos em experiências como a de Angvik. A dificuldade que estes jogos nos apresentam é tão exagerada que nos lembramos, imediatamente, dos jogos da era dos 8 bits e dos desafios que eles nos colocavam. Passávamos horas diante do televisor agarrados ao comando da NES ou da Master System para, no final do dia, não termos conseguido avançar no jogo. No dia a seguir, lá estávamos nós novamente para tentar passar o jogo. Nem que fosse por pura teimosia.

Na sua larga maioria repletos de pontos onde podemos gravar e com uma dificuldade acessível a uma criança de 6 anos, os jogos de hoje em dia parecem “Peaners”, como diz o gracioso Jorge Jesus, quando comparados com Angvik.

Angvik até é um jogo de plataformas muito simples, um mundo de fantasia que não te dá tréguas, embora muito bem trabalhado do ponto de vista gráfico através de um 2D impecável. Um terrível bárbaro tomou conta do castelo e tu és o único com coragem para o enfrentar. Começamos por escolher a nossa classe de entre seis, com a desculpa de seguirmos as pegadas do nosso pai. Possíveis de escolher estão as classes King, Lancer, Shepard, Paladin, Bottler e Peasant e qualquer uma delas altera profundamente a experiência de jogo e dá-lhe variedade. De cada vez que terminamos com uma das classes, o jogo aumenta-nos a fasquia com uma subida de dificuldade para a próxima playthrough.

Começamos sem nada, para além de um pássaro que nos segue e temos logo de enfrentar o primeiro inimigo. Um salto na cabeça, à boa moda do Super Mario, resolve a questão. Felizmente, logo a seguir a este é-nos presenteada a armadura e armas da classe que escolhemos. A partir daí, avançamos sem medo para enfrentar os desafios que nos esperam, com uma única vida. Se a perdermos voltamos ao início.

Inclusivé, a durabilidade daquilo que vamos apanhando, assim como da armadura e arma iniciais, é bem curtinha. É algo que temos que saber gerir mediante os nossos inimigos. Felizmente, à medida que os derrotamos existe a hipótese de novos itens irem aparecendo, ou até de poções que permitem evoluir o nosso equipamento.

O pássaro que nos segue, para além de criar mais pássaros que atacam os nossos inimigos quando apanhamos ovos, também armazena os itens que possam ficar em excedente. Acaba por ser mais um trunfo para enfrentarmos as enormes dificuldades que Angvik nos coloca à frente. Este é um jogo simples mas bem concretizado que alcança aquilo a que se propôs: uma experiência curta mas divertida.

Veredicto

Em suma, Angvik é o jogo ideal para os saudosistas do clássico Ghosts n’ Goblins. O enorme grau de dificuldade contrasta com a sua longevidade. Se conseguirmos apanhar-lhe o jeito, Angvik não dura mais do que dez minutos. No entanto, até lá chegarmos passamos bons momentos de volta deste roguelike. A simplicidade deste indie é o seu maior ponto positivo tornando-o no jogo ideal para aqueles minutos mortos de uma hora de almoço. Um indie que merece ser experimentado face ao seu baixo custo, 2,99€ no Steam.

  • ProdutoraAlastair John Jack
  • EditoraAlastair John Jack
  • Lançamento24 de Fevereiro 2014
  • PlataformasPC
  • GéneroPlataformas
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Baixa longevidade a partir do momento em que lhe apanhamos o jeito
  • Repetitivo

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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