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Análise: Alienation

Provavelmente já conhecem a Finlandesa Housemarque. A produtora deste Alienation já nos trouxe jogos tão viciantes como Super StarDust HD. Mas onde este novo se inspira é mesmo no seu outro sucesso chamado Dead Nation. Por isso, será de esperar um shooter visceral, rápido e entusiasmante.

De facto, as semelhanças com Dead Nation são notórias. É também um shooter em perspectiva isométrica, também usamos os duplos controlos analógicos para espalhar o caos, também lutamos contra classes diferentes de inimigos com velocidades, danos e armas diferentes, também enfrentamos ocasionais bosses, também podemos jogar cooperativamente com amigos, entre outras semelhanças. A principal diferença é que, ao invés de matarmos zombies de forma avulsa, os nossos inimigos são extraterrestres violentos que não nos querem comer o cérebro (pelo menos não parece), mas sim rebentar aos bocados.

Não há grande enredo por aqui e, na verdade, não precisa. Só sabemos que os extraterrestres invadiram a Terra e é preciso expulsá-los uma bala de cada vez, saltando de local em local pontual para o fazer. E é só isso que precisamos saber para iniciar o festival de tiros, explosões e sangue que se segue. O jogo até arranca de forma compassada, com poucos inimigos e armas de potência inferior. Com o passar do tempo, porém, vão andar aos círculos a disparar balas ou explosivos, quase em pânico, sempre a somar milhares de mortes de ETs que tentam a todo o custo encher o ecrã.

É muito importante que dominemos o controlo duplo dos analógicos do comando DualShock 4. Primeiro, porque neste jogo os inimigos também disparam (bem mais que os zombies de Dead Nation) e é preciso desviar das suas balas e das explosões. E, depois, porque os inimigos são muito mais astutos e tão diversos como pequenas aranhas que disparam ovos até snipers que nos miram à distância. Não basta saber disparar, é preciso saber mover ao mesmo tempo ou seremos facilmente encurralados e subjugados. E isso vai acontecer muitas vezes, acreditem.

Temos à nossas escolha uma de três personagens. O vulgar durão Tank que adora partir coisas e possui uma forte defesa, um Bio-especialista que age como médico para curar aliados, ao mesmo tempo que envenena os adversários e um Sabotador que adora lançar ataques aéreos devastadores. Por cada evolução, recebemos pontos de experiência que podemos gastar em três habilidades activas e três outras habilidades passivas. Uma boa notícia é que o que gastamos nas habilidades não fica fixo e podemos alternar para experimentar outras opções na árvore de evolução.

E ainda temos outras formas de fazer upgrade à personagem com modificadores de equipamento que podemos ir apanhando pelo mapa. Este equipamento possui um código de cores pela sua raridade e podemos equipar ou simplesmente reciclá-los em troca de materiais para reformular equipamento que já temos. Fiquem atentos às caixas de loot espalhadas pelo mapa para garantir que continuam a aumentar as probabilidades de sobrevivência com mais e melhores poderes. Até porque, se morrerem, o multiplicador de XP volta ao zero e ninguém gosta de perder pontos, certo?

Se não gostam de jogar sozinhos, o modo cooperativo permite que até quatro jogadores entrem numa sessão e colaborem para exterminar os ETs. A entrada numa sessão pode ser feita em qualquer ocasião e podemos sair de igual maneira, seja com amigos ou desconhecidos. Também é possível “invadir” sessões alheias e trair a humanidade por matar os nossos próprios colegas de limpeza extraterrestre. Confesso que não mexi muito neste modo, uma vez que não existe protecção de nível e facilmente fui surpreendido por jogadores de alto nível que me matavam com uma só bala. Enfim.

Tal como em todos os jogos desta produtora, o caos visual é omnipresente. São tantos objectos a explodir, tantos inimigos a disparar, tantos efeitos visuais que… queremos adicionais ainda mais! Ora, se por vezes podemos deixar de ver a nossa própria personagem no meio de tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, imaginem quatro pessoas a fazer o mesmo. O que é mais curioso é que no meio de tantas animações, efeitos e partículas, a PlayStation 4 aguentou-se sempre estoica.

Continuando a falar do visual, não posso deixar de destacar como este jogo é visualmente fantástico. Não, não esperem foto-realismo ou algo assim, mas tudo o que é texturas, efeitos e animações possuem uma qualidade invejável. Nem falo apenas dos projécteis néon que disparamos ou das explosões que iluminam o cenário, falo também dos efeitos de gases e fumo, texturas e efeitos nos objectos e geral polimento que o jogo possui. A iluminação é impecável e realmente dá-nos a atmosfera necessária. A nível técnico só notei mesmo um ligeiro atraso nas acções quando em modo cooperativo, certamente mais relacionado com a ligação online que com o próprio código do jogo.

Por fim, fiquem a saber que depois de terminado o modo de carreira, o jogo propõe algumas formas de o continuar a jogar. Primeiro, todas as zonas são reiniciadas, desta feita com maior dificuldade e inimigos mais astutos. É também possível aceitar alguns desafios que surgem diariamente, além de novas zonas aleatórias podem ser acedidas com chaves especiais, mas que possuem permadeath (morram durante a missão e perdem todo o progresso… e a missão). Nos dias que correm um jogo deste calibre com tanta longevidade é de louvar.

Veredicto

Diz a Housemarque que este Alienation possui “tecnologia fluida e realista, explosões ‘à patrão’ e o maior e mais colorido mundo que jamais engendrámos” (tradução livre, ok?). Não quero acrescentar mais nada a esta alegação. É mesmo isso. Se gostam da fornada de jogos fantásticos desta produtora, Alienation é, arrisco dizer, o melhor título que esta equipa já lançou até hoje. Tudo bem, podem sentir algum dejá vu de Dead Nation e o PvP Online não é lá muito justo. No entanto, tudo o resto funciona muito bem. A progressão de carreira, o novo esquema de loot e toda a jogabilidade familiar. O que estão à espera para ir salvar a humanidade?

  • ProdutoraHousemarque
  • EditoraSony Computer Entertainment
  • Lançamento26 de Abril 2016
  • PlataformasPS4
  • GéneroArcade
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Modo PvP não tem protecção de nível
  • Torna-se algo repetitivo

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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