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Análise: 3D Streets of Rage (3DS)

Estamos em pleno 2015 e a série Streets of Rage ainda continua a dar que falar. Tudo começou em 1991 com o lançamento do primeiro título para a Mega Drive (o segundo título viria a ser lançado em 93 e o terceiro em 94). Rivalizando com o igualmente aclamado Final Fight (Capcom) mas indo mais além no género com a opção de podermos partilhar a experiência com um amigo, o sucesso foi imediato. Mais tarde voltaríamos a encontrar Streets of Rage nas consolas Game Gear, Sega CD e Master System. Já em 2007 chegou à Consola Virtual da Wii e 2009, além do lançamento para o sistema móvel, iOS, chegou também  à PS3 e Xbox 360 só que como parte integrante da Sonic’s Ultimate Genesis Collection.

Porém, as coisas não ficaram por aqui. No ano de 2013, chegou à Nintendo 3DS a versão remasterizada da primeira entrada na série à eShop da consola. 3D Streets of Rage foi muito bem recebido, de tal forma que no dia 23 de Julho deste ano, a portátil da Nintendo viu chegar 3D Streets of Rage 2, a versão remasterizada da segunda entrada na série e daquele que é ainda hoje considerado como um dos melhores jogos de sempre. É precisamente sobre ele que vos venho hoje falar.

Que viagem ao passado! Assim que peguei em 3D Streets of Rage, foi para mim impossível não voltar aos tempos de miúdo. No seu todo, este é, sem tirar nem pôr, o Streets of Rage 2 de outrora. Não que diz respeito ao visualismo, a remasterização deste título foi muito bem conseguida só que a M2 não se ficou por aí. Tal como na versão do primeiro título da série para a 3DS, também aqui o 3D está presente e de que maneira. Esta componente abraça de tal forma o visualismo deste jogo que imediatamente o transforma na melhor versão de Streets of Rage 2 de que há memória.

Dentro do jogo em si, a M2 não se poupou também a esforços para agradar aos fãs mas só consegue em alguns casos. Vejamos por exemplo o caso de podermos alternar entre a versão Internacional e Japonesa. Parece interessante mas o que realmente acontece é o título a ser alterado para Bare Knuckle (nome pelo qual a série é conhecida no Japão). Podemos também escolher qual a emulação do jogo que queremos correr: Mega Drive ou Mega Drive 2 mas com consequências pouco ou nada aparentes.

Os esforços da M2 dão frutos assim que queremos entrar no jogo. Assim, em termos de dificuldade além da normal, os que tiverem menos tempo ou os que acharem que o desafio está a ser demasiado elevado, podem optar por escolher a dificuldade Casual. Aqui os vossos inimigos, Bosses incluídos, são derrotados assim que caírem ou forem atirados ao chão.

Apesar de preferir a dificuldade normal confesso que a Casual me deu jeito. A minha mãe precisou que ficasse a acompanhar umas obras em casa enquanto ia à rua e lá fui eu. De 3DS em punho (um viva à agora portabilidade deste clássico intemporal) e nessa hora apesar de demasiado simples, o jogo é simplesmente demasiado divertido para que isso se torne um problema. O objectivo é correr os 8 níveis do jogo a esmurrar e pontapear tudo o que nos aparece à frente e afinal de contas é isso que acabamos sempre por fazer.

Quando completarem o jogo pela primeira vez, desbloqueiam outro modo que ainda simplifica mais as coisas. Prestando homenagem ao Anime de culto Fists of the North Star, chama-se Fists of Death e tudo e todos são derrotados apenas com um murro. Independentemente do modo de dificuldade que escolherem, podem sempre complementá-lo com a variante Rage Relay. Isto permite-vos jogar com as quatro personagens do jogo ao longo da vossa aventura. Como? Logo no ecrã de selecção de personagens, em vez de uma, escolhem a ordem com que querem jogar com elas. Sempre que forem derrotados, voltam com uma personagem diferente, na ordem previamente seleccionada. Óptimo para conferir variedade à nossa aventura e para conhecermos um pouco mais da estratégia que está por detrás das várias personagens do jogo.

A acção do jogo corre às mil maravilhas e tanto a solo como online, localmente com um amigo (claro que também precisa de ter o jogo), os combates continuam intensos, o posicionamento da nossa personagem continua a ser fulcral se não quisermos ser atingidos por projecteis, esfaqueados ou simplesmente atropelados por motoqueiros. Vamos, agarrar (ser agarrados), esmurrar, pontapear, utilizar várias armas, executar o glorioso “GRAND UPPER” de Axel, comer uns belos bolos e fartos frangos para recuperar vida… Enfim, é Streets of Rage 2 na sua pura essência e mais não precisa ser dito.

Veredicto

5 euros e posso voltar a jogar a Streets of Rage na sua melhor versão e posso levá-la para onde quiser? Onde é que eu assino? Se têm saudades deste clássico Beat-’em-up em acção de deslocamento lateral ou se ainda não tiveram a oportunidade de o experimentar, não percam tempo. Apesar de algumas componentes pouco relevantes, é quando decidimos começar a jogar a este título que se nota que esta é sem dúvida a melhor versão de Streets of Rage 2 de que há memória. A começar com a sua portabilidade, aliam-se as horas de jogo que vão passar e vocês nem vão dar por isso de tão entretidos que estão. Se tiverem um amigo com quem partilhar a experiência deste clássico intemporal não hesitem, têm diversão que nunca mais acaba.

  • ProdutoraM2
  • EditoraSega
  • Lançamento23 de Julho 2015
  • Plataformas
  • GéneroArcade, Luta
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Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

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Não Gostámos
  • Algumas componentes supérfluas que podiam ter dado lugar a outras mais pertinentes.

Esta análise foi realizada com uma cópia de análise cedida pelo estúdio de produção e/ou representante nacional de relações públicas.

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